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CHILE
Bachelet acusa oposição de comprar apoio
DA REDAÇÃO
A candidata governista à Presidência do Chile, Michelle Bachelet, acusou ontem a seu opositor,
o empresário Sebastián Piñera, de
oferecer dinheiro para "roubar"
membros de sua campanha.
"As pessoas votam por outras
coisas, não se deixam influenciar
pelo dinheiro", disse Bachelet ao
canal de TV Chilevisión, de propriedade de Piñera.
"Pensando bem, algumas sim,
sem dúvida. Escutei que andam
ligando para militantes de alguns
partidos, oferecendo inclusive pagar-lhes todas as dívidas. Isso nós
não fazemos", acrescentou.
Questionada sobre que pessoas
foram procuradas, ela não quis
dizer nomes. "Teria de consultar
as pessoas para saber se estou autorizada a dizer, mas são pessoas
importantes, posso garantir."
O empresário negou a acusação.
"Digo de forma categórica, total e
definitivamente, jamais nosso comando ofereceu nenhum peso a
ninguém para que se incorpore a
nosso trabalho. [Bachelet] Está
faltando com a verdade, e o faz de
forma ambígua, com má intenção", afirmou.
"Bachelet está entrando num
caminho equivocado, é uma acusação extraordinariamente grave.
Joga a pedra e depois esconde a
mão", acrescentou.
Horas mais tarde, Bachelet voltou atrás. "Não mencionei Sebastián Piñera para nada, não denunciei coisa nenhuma."
Votos
As acusações fazem parte da
disputa entre Bachelet e Piñera
pelos votos dos setores da democracia cristã, que podem definir a
votação no segundo turno presidencial, em 15 de janeiro.
A Democracia Cristã (DC) faz
parte da Concertação, coalizão de
centro-esquerda de Bachelet e do
atual governo do presidente Ricardo Lagos, mas houve fraturas
nessa aliança por diferenças na
campanha.
Seus partidários agora vem sendo cortejados pela Renovação
Nacional, partido do empresário
Piñera que compõe da Aliança,
coalizão de direita.
O ex-prefeito de Santiago Marcelo Trivelli, da DC, disse ter sido
"sondado" por pessoas próximas
à campanha de Piñera, mas que
nunca lhe ofereceram dinheiro,
segundo o diário "La Tercera".
Com agências internacionais
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