São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

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CHILE

Bachelet acusa oposição de comprar apoio

DA REDAÇÃO

A candidata governista à Presidência do Chile, Michelle Bachelet, acusou ontem a seu opositor, o empresário Sebastián Piñera, de oferecer dinheiro para "roubar" membros de sua campanha.
"As pessoas votam por outras coisas, não se deixam influenciar pelo dinheiro", disse Bachelet ao canal de TV Chilevisión, de propriedade de Piñera.
"Pensando bem, algumas sim, sem dúvida. Escutei que andam ligando para militantes de alguns partidos, oferecendo inclusive pagar-lhes todas as dívidas. Isso nós não fazemos", acrescentou.
Questionada sobre que pessoas foram procuradas, ela não quis dizer nomes. "Teria de consultar as pessoas para saber se estou autorizada a dizer, mas são pessoas importantes, posso garantir."
O empresário negou a acusação. "Digo de forma categórica, total e definitivamente, jamais nosso comando ofereceu nenhum peso a ninguém para que se incorpore a nosso trabalho. [Bachelet] Está faltando com a verdade, e o faz de forma ambígua, com má intenção", afirmou.
"Bachelet está entrando num caminho equivocado, é uma acusação extraordinariamente grave. Joga a pedra e depois esconde a mão", acrescentou.
Horas mais tarde, Bachelet voltou atrás. "Não mencionei Sebastián Piñera para nada, não denunciei coisa nenhuma."

Votos
As acusações fazem parte da disputa entre Bachelet e Piñera pelos votos dos setores da democracia cristã, que podem definir a votação no segundo turno presidencial, em 15 de janeiro.
A Democracia Cristã (DC) faz parte da Concertação, coalizão de centro-esquerda de Bachelet e do atual governo do presidente Ricardo Lagos, mas houve fraturas nessa aliança por diferenças na campanha.
Seus partidários agora vem sendo cortejados pela Renovação Nacional, partido do empresário Piñera que compõe da Aliança, coalizão de direita.
O ex-prefeito de Santiago Marcelo Trivelli, da DC, disse ter sido "sondado" por pessoas próximas à campanha de Piñera, mas que nunca lhe ofereceram dinheiro, segundo o diário "La Tercera".


Com agências internacionais

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