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Morte de Diana foi acidente, diz relatório
Nova investigação da polícia britânica descarta hipótese de assassinato e desmente que princesa de Gales estava grávida
Pai do namorado de Diana, que também morreu no acidente em Paris, em 1997, rejeita o relatório: "Verdade está sendo encoberta"
DA REDAÇÃO
Um relatório da polícia britânica baseado em três anos de
investigação derruba as teorias
conspiratórias e conclui que a
morte da princesa Diana, em
1997, foi "um trágico acidente".
O dossiê, apresentado ontem
em Londres, repete a conclusão
da investigação francesa de
1999, que culpava o excesso de
velocidade e o motorista alcoolizado pelo acidente que matou
a princesa e seu namorado, Dodi al Fayed, num túnel de Paris.
O pai de Dodi, o bilionário
egípcio Mohammad al Fayed,
que desde o acidente afirma
que ele foi obra do serviço secreto britânico, rejeitou o relatório. "A verdade está sendo encoberta", disse seu porta-voz.
A investigação foi aberta especificamente para examinar
as alegações de Fayed, que é dono da Harrods, a mais famosa
loja de departamentos britânica. A tese do egípcio é a de que o
Estado britânico planejou o assassinato para impedir que
Diana e Dodi, que estariam noivos, casassem e tivessem filhos.
O ex-chefe de polícia John
Stevens, que liderou a investigação, disse que Diana não estava grávida quando morreu.
Dodi havia comprado um anel
de noivado no dia do acidente e
dissera a seu pai que pediria a
mão de Diana à noite, disse Stevens. Mas, segundo amigos da
princesa, ela não estava noiva.
"Nossa conclusão é que, com
os indícios disponíveis, não
houve conspiração para assassinar nenhum dos ocupantes
do carro," afirmou Stevens.
""Foi um trágico acidente."
O inquérito levou três anos
para ser concluído e custou
US$ 8 milhões. A equipe de Stevens entrevistou 300 pessoas,
entre elas o príncipe Charles e
seu pai, o duque de Edimburgo,
que Fayed acusa de estar ligado
ao MI6, serviço secreto britânico, no suposto assassinato
Os investigadores examinaram indícios reunidos pelas autoridades francesas e coletaram 600 novas provas, além de
ter criado um modelo computadorizado da cena do acidente.
Mohammad al Fayed, reagiu
ao relatório Stevens com uma
defesa teatral da teoria conspiratória que sustenta desde o
acidente. "Sou um pai que perdeu um filho e uma amiga próxima", disse Fayed, com a mão
no coração. O dono da Harrods
afirmou que o relatório não encerra o caso: "Não vou descansar enquanto eu não expuser a
devastação que os gângsteres
me causaram."
Os filhos de Diana, príncipes
William e Harry, divulgaram
comunicado agradecendo a
Stevens pela investigação e manifestando esperança de que
suas "descobertas conclusivas"
acabem com a especulação que
envolve a morte de sua mãe.
Stevens repetiu a conclusão
da investigação francesa, de
que o motorista Henri Paul esteva bebendo antes do acidente
e que dirigia em alta velocidade
ao tentar fugir de fotógrafos no
túnel Pont d'Alma, em Paris.
Novos testes de DNA mostraram que Paul tinha o dobro de
álcool permitido pela lei britânica em seu organismo.
Com agências internacionais
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