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Manifestação em SP foi a maior do Brasil
FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL
"Chega de bomba! Chega de
ataque! Fora imperialismo no Iraque" foi o grito de ordem entoado
ontem por manifestantes paulistanos durante protesto contra
uma possível guerra no Iraque.
Munidos de faixas, cartazes,
apitos, bandeiras e disposição para enfrentar a fina garoa que caiu
em alguns trechos do trajeto -do
Masp ao parque Ibirapuera-, o
protesto pacifista reuniu, segundo a Polícia Militar, 8.000 pessoas.
Apesar do número estar bem
abaixo da avaliação dos organizadores -20 mil pessoas-, ele já é
suficiente para fazer do protesto o
maior do Brasil. No Rio de Janeiro, 3.000 pessoas, segundo a PM,
participaram do protesto em Copacabana, na zona sul da cidade.
Participaram da manifestação
paulistana partidos políticos (PT,
PSTU, PC do B etc.), estudantes,
sindicalistas, ONGs, movimentos
negro, dos sem-terra e dos sem-teto, sindicalistas, homossexuais,
anarquistas, entre outros grupos.
Também estiveram presentes o
presidente do PT, José Genoino, o
senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o presidente do PSTU, Zé
Maria, e o líder do MST, João Pedro Stédile. "Esta manifestação se
soma a todas as outras que estão
acontecendo no Brasil e no mundo contra a guerra. Se elas chegarem aos EUA, vamos isolar o presidente Bush e o governo inglês.
Eles temem a opinião pública",
disse Genoino à Folha.
"O brasileiro está expressando a
sua indignação diante dos atos cada vez mais ameaçadores do presidente Bush, que quer desencadear a guerra sem que haja uma
justificativa plena e convincente.
É preciso que Bush assista a menos filmes de John Wayne e preste
mais atenção aos discursos e às lições de Martin Luther King Jr.,
que ensinou aos povos que as
grandes transformações podem
ser obtidas através da não-violência", completou Suplicy.
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