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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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Manifestação em SP foi a maior do Brasil

FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL

"Chega de bomba! Chega de ataque! Fora imperialismo no Iraque" foi o grito de ordem entoado ontem por manifestantes paulistanos durante protesto contra uma possível guerra no Iraque.
Munidos de faixas, cartazes, apitos, bandeiras e disposição para enfrentar a fina garoa que caiu em alguns trechos do trajeto -do Masp ao parque Ibirapuera-, o protesto pacifista reuniu, segundo a Polícia Militar, 8.000 pessoas. Apesar do número estar bem abaixo da avaliação dos organizadores -20 mil pessoas-, ele já é suficiente para fazer do protesto o maior do Brasil. No Rio de Janeiro, 3.000 pessoas, segundo a PM, participaram do protesto em Copacabana, na zona sul da cidade.
Participaram da manifestação paulistana partidos políticos (PT, PSTU, PC do B etc.), estudantes, sindicalistas, ONGs, movimentos negro, dos sem-terra e dos sem-teto, sindicalistas, homossexuais, anarquistas, entre outros grupos.
Também estiveram presentes o presidente do PT, José Genoino, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o presidente do PSTU, Zé Maria, e o líder do MST, João Pedro Stédile. "Esta manifestação se soma a todas as outras que estão acontecendo no Brasil e no mundo contra a guerra. Se elas chegarem aos EUA, vamos isolar o presidente Bush e o governo inglês. Eles temem a opinião pública", disse Genoino à Folha.
"O brasileiro está expressando a sua indignação diante dos atos cada vez mais ameaçadores do presidente Bush, que quer desencadear a guerra sem que haja uma justificativa plena e convincente. É preciso que Bush assista a menos filmes de John Wayne e preste mais atenção aos discursos e às lições de Martin Luther King Jr., que ensinou aos povos que as grandes transformações podem ser obtidas através da não-violência", completou Suplicy.


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