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Atirador que matou cinco em universidade era aluno brilhante
Polícia diz que é impossível impedir ataques; episódio de Illinois é o 4º em 7 dias
Jim Killam/Northern Star/Associated Press
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Stephen Kazmierczak, o atirador |
DA REDAÇÃO
O atirador que matou cinco
pessoas na Universidade do
Norte de Illinois (EUA) antes
de se suicidar foi identificado
ontem como Stephen Kazmierczak, 27, um ex-aluno da
pós-graduação em Serviço Social premiado por seu trabalho
sobre o sistema prisional. Estudante dedicado e sem histórico
de problemas no campus, ele
fazia tratamento psiquiátrico e
teria deixado de tomar "algum
tipo de remédio" recentemente, segundo a polícia.
Anteontem, Kazmierczak foi
ao campus de DeKalb com quatro armas, todas adquiridas legalmente. Duas, uma pistola
glock 9 mm e uma espingarda
remington automática, foram
compradas há menos de uma
semana. Elas estavam escondidas em uma caixa de violão, e o
casaco do atirador encobria o
cinto de munição.
Kazmierczak entrou no auditório onde mais de cem pessoas
assistiam a uma aula de introdução à oceanografia e disparou calado contra a multidão.
Vinte e uma pessoas foram
atingidas. Cinco morreram, e
seis estão gravemente feridas.
Quando os primeiros policiais entraram no auditório,
menos de um minuto após uma
ligação para o número de emergências, o atirador já tinha se
suicidado. O sangue se espalhava pelo campus, com a fuga desesperada dos feridos.
"Prevenção é impossível"
"Não havia sinais de alerta",
disse o chefe da polícia do campus, Donald Grady. Segundo o
policial, Kazmierczak era um
aluno brilhante, "muito respeitado por colegas e professores".
Ele deixou a instituição em
2007 e se transferiu para outra
universidade estadual.
Grady disse que pessoas próximas ao estudante haviam notado mudanças em seu comportamento nas últimas semanas, provavelmente por ter parado de tomar medicamentos,
mas que seria impossível prever o ataque. Foi o quarto episódio envolvendo um atirador
em instituições de ensino americanas em uma semana.
"É improvável que alguém
tenha um dia a capacidade de
impedir que incidentes como
esse ocorram", disse Grady ao
"Chicago Tribune". O campus
de DeKalb tem um sistema de
segurança sofisticado, que foi
reformado após a morte de 32
pessoas no instituto Virginia
Tech, em abril de 2007. Na época, a instituição foi criticada
por não alertar sobre a presença de um atirador.
Em Illinois, o sistema deu o
aviso imediatamente por e-mail e ligações automáticas para os telefones do campus. Não
foi o suficiente para impedir as
mortes de Daniel Parmenter,
20, Catalina Garcia, 20, Ryanne
Mace, 19, Julianna Gehant, 32,
e Gayle Dubowski, 20.
Vigília
As aulas na Universidade do
Norte de Illinois foram canceladas por um período indeterminado, e grande parte dos alunos retornou a suas casas. Os
que ficaram se reúnem e se
confortam em sucessivas vigílias e homenagens aos colegas
assassinados.
Na quinta-feira, foram quatro vigílias. "Se você ainda se
sentir só depois de todos os telefonemas e mensagens, pelo
menos aqui todos nós estamos
juntos", disse David Danaher,
23, ao "Chicago Tribune".
Com agências internacionais
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