São Paulo, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

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ISRAEL

Livni diz que fará oposição ao Likud caso não seja premiê

DA REDAÇÃO

A chanceler israelense, Tzipi Livni, afirmou ontem que levará seu partido, o Kadima (centro), para a oposição caso não se torne premiê. O movimento pode travar o processo de paz na região -a chanceler é hoje a principal negociadora em Israel, e seu adversário, o linha-dura Binyamin Netanyahu, é contra concessões aos palestinos.
O Kadima obteve uma cadeira a mais do que o direitista Likud, de Netanyahu, nas eleições legislativas do último dia 10 (28 a 27). No entanto a direita, como bloco, somou maioria de 65 assentos no Knesset (Parlamento unicameral, com 120 vagas), o que pode dar de volta ao linha-dura o cargo que ele ocupou entre 1996 e 1999.
Os partidos negociam a formação de coalizões, e a posição do ultranacionalista Avigdor Liberman, cuja legenda se tornou a terceira força no Knesset, será crucial para definir o quadro. Ele ainda não declarou preferência. Caberá ao presidente Shimon Peres decidir quem liderará o governo -a expectativa é que ele faça um anúncio até o fim da semana.
Com a indefinição do governo, seguem a passos lentos as tratativas para uma trégua duradoura com o Hamas na faixa de Gaza, mediada pelo Egito. Israel atacou o território palestino por 22 dias, até 18 de janeiro, em reação aos ataques de foguete do grupo extremista.
No momento vigora uma trégua frágil, pontuada por pequenos ataques esporádicos de ambos os lados.
O Hamas exigiu ontem a libertação de nomes proeminentes do grupo detidos em Israel em troca da soltura do soldado Gilad Shalit, capturado em 2006. No decorrer das negociações, Israel passou a condicionar o cessar-fogo à soltura do militar.


Com agências internacionais


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