São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 2011 |
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Radioatividade alarma moradores de Tóquio DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Boatos e os primeiros indícios de chegada da radioatividade a Tóquio levaram moradores da capital a estocar produtos de primeira necessidade e, em alguns casos, a até mesmo tentar deixar a cidade temendo um desastre. O governo local, no entanto, pediu calma à população da cidade -cujo entorno forma aglomerado de quase 40 milhões de pessoas-, dizendo não haver risco algum. O nível de radioatividade em regiões da megalópole se encontra entre 10 e 20 vezes maior do que o normal, mas ainda assim é tido como seguro. Tóquio fica 250 km ao sul da usina de Fukushima 1, onde houve os vazamentos. A busca por comida enlatada, água engarrafada, baterias e pão já provoca desabastecimento e prateleiras vazias em alguns estabelecimentos comerciais, e a corrida por gasolina causa filas em postos de combustível. Empresas alimentícias, como a Nissin Foods, produtora de massas instantâneas, e de eletrônicos, como a Panasonic, anunciaram aumentos nas suas produções a fim de impedir desabastecimentos. O governo exortou as pessoas a não comprar produtos que não forem usar para evitar que o desabastecimento atinja regiões que realmente estão precisando de ajuda. Mas, enquanto alguns moradores já se preparam para ficar em casa, outros procuram inclusive sair da cidade. Estações de trem e aeroportos da capital tinham ontem extensas filas de locais e estrangeiros com seus familiares tentando viajar ou para fora do país ou para regiões mais longe de Fukushima 1. "Não estou preocupada com outro terremoto. É a radiação que me assusta", disse Masashi Yoshida, que tentava pegar um avião no aeroporto de Haneda com a filha de cinco meses de idade. ESTRANGEIROS O sentimento é compartilhado por turistas. "Eu estou com tanto medo que preferia estar em um tornado. Quero ir embora", afirmou a americana Lucy Niver, 10, que estava acompanhada da mãe. Desde a confirmação de que a radioatividade de Fukushima 1 chegou a Tóquio, vários alertas foram feitos em relação a viagens ao Japão. Empresas aéreas como a alemã Lufthansa e a Air China chegaram inclusive a cancelar voos para a capital japonesa. Outras, no entanto, mantiveram rotas ao país. A agência de aviação dos EUA (FAA, em inglês) disse ontem que só revisará voos para o Japão no caso de agravamento do risco no país. Texto Anterior: Êxodo em Fukushima aumenta com piora da usina e desconfiança Próximo Texto: Geologia: País se moveu 4 metros com o terremoto Índice | Comunicar Erros |
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