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AMÉRICA LATINA
Departamento de Estado coloca o país na lista dos que não "cooperam" contra a guerra ao terrorismo
EUA proíbem venda de armas à Venezuela
DA REDAÇÃO
Os EUA proibiram ontem a
venda de armas e material militar
à Venezuela, ao considerar que o
país não coopera na luta contra o
terrorismo. Chávez respondeu
que a atitude era "imperialista".
O porta-voz do Departamento
de Estado, Sean McCormack, disse que está convencido de que o
governo venezuelano "ganhou
honestamente seu lugar entre os
países que não cooperam na luta
antiterrorista".
Ele denunciou as relações da
Venezuela com países como Irã e
Cuba, "que apóiam o terrorismo,
compartilham informações de inteligência, o que dificulta muito
nosso trabalho com os venezuelanos no combate ao terrorismo".
Essa é a atitude mais drástica
dos Estados Unidos contra a Venezuela, depois de anos de críticas
duras dos dois lados. Ambos os
países têm um importante comércio. A Venezuela é o quarto maior
fornecedor de petróleo dos Estados Unidos -cerca de 80% do
petróleo venezuelano é vendido
para os americanos.
De Londres, Chávez reagiu e
considerou a decisão dos Estados
Unidos como "uma manifestação
da política do império contra países pequenos da Terra". Mas se
apressou a dizer que não suspenderia as exportações de petróleo
aos Estados Unidos.
"Eu tenho consciência da minha responsabilidade", afirmou o
presidente venezuelano. "Suspender o fornecimento seria uma
loucura, elevaria o preço do barril
de petróleo a US$ 100."
Em janeiro, os Estados Unidos
intervieram para impedir que
Brasil e Espanha vendessem à Venezuela armas e material militar
que dependem de tecnologia
americana. Washington negou ao
governo espanhol a licença para
vender 12 aviões militares com
componentes americanos à Venezuela. A explicação foi que o
governo Chávez "contribuía para
a instabilidade regional".
Ao mesmo tempo, alertou ao
Brasil sobre o problema de vender
36 aviões da Embraer, que também precisam da tecnologia americana. Mas não conseguiu impedir a venda de 100 mil fuzis Kalashnikov russos.
Nos últimos meses, as críticas
americanas vinham diminuindo.
A secretária de Estado, Condoleezza Rice, fracassou ao pedir aos
países latino-americanas que ajudassem a criar uma frente anti-Chávez. Rice havia dito que a Venezuela era "o maior problema da
região". Não foi ouvida.
O chefe da inteligência dos
EUA, John Negroponte, acusou
Chávez de se aproximar militarmente de Irã e Coréia do Norte, os
dois países que sobram do chamado "eixo do mal" batizado pelo
presidente George W. Bush.
Com agências internacionais
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