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ORIENTE MÉDIO
No dia mais violento desde acordo, 16 palestinos morrem
DA REDAÇÃO
Ao menos 16 palestinos foram mortos ontem -oito deles em um mesmo incidente- no dia mais violento de
combates entre forças do
Hamas e do Fatah desde que
os grupos rivais formaram
um governo de união, há dois
meses, para tentar pôr fim às
divergências que ameaçavam levar a uma guerra civil.
À noite, o primeiro-ministro Ismail Haniyeh afirmou
que as forças de seu partido,
o radical islâmico Hamas, e
do laico Fatah concordaram
com um cessar-fogo. Acordos precedentes, porém, duraram poucas horas.
A última trégua, anunciada
na noite de domingo, foi rapidamente ofuscada pela
violência, que já deixou 24
mortos desde sexta-feira.
No pior ataque de ontem,
atiradores do Hamas mataram oito membros da guarda
do presidente Mahmoud Abbas na faixa de Gaza, segundo
um porta-voz do Fatah. O
Hamas negou a acusação e
culpou Israel pelas mortes, o
que Israel negou. Uma autoridade egípcia foi baleada
quando verificava a aplicação do cessar-fogo.
Segundo fontes oficiais, Israel matou um membro da
guarda palestina quando ele
tentava cruzar a fronteira.
Em retaliação, o Hamas disparou foguetes contra a cidade israelense de Sderot.
Os tumultos em Gaza mostram a incapacidade do governo de união em resolver a
luta de poderes entre o Hamas, que ganhou as eleições
parlamentares do ano passado, e o Fatah, que dominou o
cenário político palestino
por quatro décadas.
Os confrontos também reduzem as chances de uma retomada do diálogo entre palestinos e israelenses. Apesar
do desgoverno, analistas
consideram improvável que
Abbas dissolva o Parlamento
e convoque novas eleições,
como ameaçou fazer em outros momentos de crise.
Com agências internacionais
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