São Paulo, quarta-feira, 16 de maio de 2007

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ORIENTE MÉDIO

No dia mais violento desde acordo, 16 palestinos morrem

DA REDAÇÃO

Ao menos 16 palestinos foram mortos ontem -oito deles em um mesmo incidente- no dia mais violento de combates entre forças do Hamas e do Fatah desde que os grupos rivais formaram um governo de união, há dois meses, para tentar pôr fim às divergências que ameaçavam levar a uma guerra civil.
À noite, o primeiro-ministro Ismail Haniyeh afirmou que as forças de seu partido, o radical islâmico Hamas, e do laico Fatah concordaram com um cessar-fogo. Acordos precedentes, porém, duraram poucas horas.
A última trégua, anunciada na noite de domingo, foi rapidamente ofuscada pela violência, que já deixou 24 mortos desde sexta-feira.
No pior ataque de ontem, atiradores do Hamas mataram oito membros da guarda do presidente Mahmoud Abbas na faixa de Gaza, segundo um porta-voz do Fatah. O Hamas negou a acusação e culpou Israel pelas mortes, o que Israel negou. Uma autoridade egípcia foi baleada quando verificava a aplicação do cessar-fogo.
Segundo fontes oficiais, Israel matou um membro da guarda palestina quando ele tentava cruzar a fronteira. Em retaliação, o Hamas disparou foguetes contra a cidade israelense de Sderot.
Os tumultos em Gaza mostram a incapacidade do governo de união em resolver a luta de poderes entre o Hamas, que ganhou as eleições parlamentares do ano passado, e o Fatah, que dominou o cenário político palestino por quatro décadas.
Os confrontos também reduzem as chances de uma retomada do diálogo entre palestinos e israelenses. Apesar do desgoverno, analistas consideram improvável que Abbas dissolva o Parlamento e convoque novas eleições, como ameaçou fazer em outros momentos de crise.


Com agências internacionais


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