DA REDAÇÃO

O presidente afegão, Hamid Karzai, exortou ontem o Congresso dos EUA a comprometer-se realmente com a reconstrução de seu país e a dar incentivos às empresas privadas que, no futuro, vierem a investir no Afeganistão.
Num encontro conjunto da Câmara e do Senado (em que foi aplaudido várias vezes), Karzai disse que os EUA e o Afeganistão "devem fortalecer sua parceria estratégica". "A segurança de nossas nações está interconectada."
Karzai, que também se encontrou com George W. Bush, não deixou, porém, de agradecer os EUA pelo apoio já dado ao Afeganistão. Ele disse que Washington ajudou na libertação dos afegãos da ditadura de extremistas islâmicos e que os EUA lideram com sucesso a guerra ao terrorismo.
Os EUA já deram cerca de US$ 2,2 bilhões ao Afeganistão para financiar sua reconstrução. Vários congressistas americanos dizem que a quantia é irrisória ante as necessidades afegãs. Mas, segundo analistas, os EUA não podem prometer dar mais dinheiro aos afegãos porque privilegiam a reconstrução do Iraque. Washington já reservou US$ 18,6 bilhões para a reconstrução iraquiana.
Enquanto isso, em Cabul, capital do Afeganistão, uma granada-foguete atingiu uma base militar perto da representação diplomática dos EUA e da sede da Otan (aliança militar ocidental), ferindo um soldado afegão.
Já numa Província no sul do país, Hamid Agha Rashimi, chefe do serviço de refugiados local, foi morto ao deixar sua casa no vilarejo de Loya Wara. Dois guarda-costas também morreram.
Depois de sua reunião com Karzai, Bush anunciou cinco novas iniciativas para ajudar o Afeganistão a "continuar a avançar em direção à paz e à prosperidade". Assim, de acordo com Bush, o país jamais será uma "fábrica de terroristas" novamente.
"O Afeganistão é um caso de sucesso da guerra ao terrorismo mundial", afirmou Bush.