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Israel suspende ordem de prisão contra palestinos aliados de Abbas
Premiê Olmert quer reforçar autoridade do presidente, adversário do Hamas
DA REDAÇÃO
Israel concordou ontem em
desistir de prender 180 militantes do grupo laico Fatah que
prometeram trégua, como parte do esforço liderado pelos
EUA para fortalecer o presidente palestino Mahmoud Abbas -e isolar o grupo islâmico
Hamas, que tomou Gaza militarmente em junho.
Ontem, em quartéis e delegacias de polícia na Cisjordânia
que abrigam integrantes das
Brigadas dos Mártires de al Aqsa, ligadas ao Fatah e responsáveis por atos terroristas, militantes entregaram ao governo
palestino suas armas.
"Eu quero viver uma vida
normal, sem os assassinatos e
detenções israelenses", disse
um dos líderes da al Aqsa.
O porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert,
disse que Israel chegou a um
acordo sobre a lista dos 180 palestinos procurados "que se desativaram como terroristas,
vão abaixar suas armas e, como
parte do desenvolvimento de
um novo relacionamento de segurança, não serão punidos por
Israel". Olmert pretende encontrar Abbas hoje, possivelmente em Jerusalém, para discutir o programa de anistia e
outras iniciativas israelenses.
Outro sinal do esforço israelense para fortalecer Abbas foi
a autorização para que Nawef
Hawatmeh volte do exílio. Ele é
líder de um grupo radical dentro da OLP (Organização para a
Libertação da Palestina), acusado por Israel pelo atentado,
em 1974, contra uma escola em
no norte do país, que deixou 24
mortos. Será a primeira vez que
Hawatmeh pisará em solo palestino desde 1967.
Além dessa permissão, Abbas
também solicitou trazer para a
Cisjordânia milhares de novas
armas e a tão conhecida Brigada Badr, força do Fatah baseada
na Jordânia, para fortalecer a
segurança.
Todas essas medidas fazem
parte do esforço de Abbas para
restabelecer o governo. Após a
tomada de Gaza pelo Hamas, o
premiê Ismail Haniyeh, do grupo, foi demitido, e um gabinete
emergencial, criado.
Haniyeh, líder do Hamas em
Gaza, ainda se considera primeiro-ministro e depreciou as
iniciativas israelenses, classificando-as de "suborno político".
Posse de Peres
Ex-premiê por três vezes e
Prêmio Nobel da Paz, Shimon
Peres, 84, assumiu ontem a
presidência de Israel. Acusações de abuso sexual tiraram do
cargo Moshe Katsav em junho.
"Temos que encorajar a paz
em casa, nos nossos vizinhos,
na região", afirmou Peres. "Na
vida pública você não usa espadas. Usa palavras. Dialoga. É o
que farei. Não tenho outra força que não a minha convicção".
Com agências internacionais
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