São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Coreia do Norte pede reunião com rival

Encontro com Coreia do Sul teria como temas questões militares, de fronteira, além de panfletos anticomunistas

Regime comunista teria sido pressionado para negociar pela China, o único país com quem mantém boas relações

DE SÃO PAULO

A Coreia do Norte propôs ontem uma reunião com a Coreia do Sul, para debater assuntos militares e de fronteira marítima, num gesto inesperado de conciliação.
A informação foi divulgada pela agência oficial de notícias sul-coreana Yonhap. O contato entre as duas nações rivais foi feito por meio de uma linha especial de comunicação.
Os dois Estados que dividem a península coreana ainda estão tecnicamente em guerra desde a década de 50, quando a assinatura de um armistício encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953).
Incidentes entre os países têm sido frequentes. Em março desse ano, os sul-coreanos acusaram os vizinhos do norte de terem torpedeado um navio, o que provocou a morte de 46 marinheiros.
Aparentemente, esse último gesto norte-coreano foi feito por uma pressão da vizinha China, o único país do mundo com o qual o fechado regime comunista mantém relações amigáveis.
Na semana passada, o ditador do norte, Kim Jong-il, visitou Pequim, onde também teria anunciado que seu filho mais novo estaria sendo preparado para sucedê-lo.
As conversas, de acordo com o relato do governo sul-coreano, tratariam também sobre a demarcação da fronteira marítima, de modo a tentar minimizar futuros choques entre militares dos dois lados.
Por fim, os norte-coreanos querem também pedir que o sul pare de enviar panfletos de propaganda para o seu território.
Desde 2008 as conversas sobre reunificação entre os países estão suspensas, mas isso não impediu gestos cordiais vindos do sul. Cerca de 5.000 toneladas de arroz foram enviadas pelo sul ao norte, que enfrenta uma grave crise alimentar.
Mas esse foi o primeiro aceno feito por Jong-il nos últimos anos.
Ainda não há previsão para quando a reunião entre os rivais será realizada.
Os gestos de reconciliação coincidem com as preparações do norte para o maior encontro do governante Partido Comunista em 30 anos.


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