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Coreia do Norte pede reunião com rival
Encontro com Coreia do Sul teria como temas questões militares, de fronteira, além de panfletos anticomunistas
Regime comunista teria sido pressionado para negociar pela China, o único país com quem mantém boas relações
DE SÃO PAULO
A Coreia do Norte propôs
ontem uma reunião com a
Coreia do Sul, para debater
assuntos militares e de fronteira marítima, num gesto
inesperado de conciliação.
A informação foi divulgada pela agência oficial de notícias sul-coreana Yonhap. O
contato entre as duas nações
rivais foi feito por meio de
uma linha especial de comunicação.
Os dois Estados que dividem a península coreana
ainda estão tecnicamente em
guerra desde a década de 50,
quando a assinatura de um
armistício encerrou a Guerra
da Coreia (1950-1953).
Incidentes entre os países
têm sido frequentes. Em março desse ano, os sul-coreanos
acusaram os vizinhos do norte de terem torpedeado um
navio, o que provocou a morte de 46 marinheiros.
Aparentemente, esse último gesto norte-coreano foi
feito por uma pressão da vizinha China, o único país do
mundo com o qual o fechado
regime comunista mantém
relações amigáveis.
Na semana passada, o ditador do norte, Kim Jong-il,
visitou Pequim, onde também teria anunciado que seu
filho mais novo estaria sendo
preparado para sucedê-lo.
As conversas, de acordo
com o relato do governo sul-coreano, tratariam também
sobre a demarcação da fronteira marítima, de modo a
tentar minimizar futuros
choques entre militares dos
dois lados.
Por fim, os norte-coreanos
querem também pedir que o
sul pare de enviar panfletos
de propaganda para o seu
território.
Desde 2008 as conversas
sobre reunificação entre os
países estão suspensas, mas
isso não impediu gestos cordiais vindos do sul. Cerca de
5.000 toneladas de arroz foram enviadas pelo sul ao norte, que enfrenta uma grave
crise alimentar.
Mas esse foi o primeiro
aceno feito por Jong-il nos últimos anos.
Ainda não há previsão para quando a reunião entre os
rivais será realizada.
Os gestos de reconciliação
coincidem com as preparações do norte para o maior
encontro do governante Partido Comunista em 30 anos.
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