São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011 |
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DIÁRIO DE DAMASCO População síria dribla vigilância na internet DO ENVIADO A DAMASCO A primeira reação da Síria às revoltas no mundo árabe foi surpreendente. No início de fevereiro, quando protestos populares no Egito estavam prestes a derrubar Hosni Mubarak, o governo liberou o acesso ao Facebook e ao YouTube, que estavam bloqueados havia três anos. Para alguns, foi uma demonstração do excesso de confiança do ditador Bashar Assad de que a Síria estava imune. Para outros, foi a forma encontrada para controlar a organização de protestos. Sete meses depois, com o país atingido em cheio pelo terremoto político, os dois sites continuam liberados, mas os opositores buscam artifícios para driblar a vigilância oficial. Com auxílio de programas que usam servidores remotos, manifestantes conseguem usar o Facebook com maior liberdade. "Mesmo analfabetos em internet, como eu, viram hackers", brinca uma estrangeira que vive em Damasco há dois anos, explicando como usa o Skype todo o dia. A vigilância do regime também muda as conversas telefônicas, que nos assuntos mais sensíveis são feitas de forma monossiilábica. Mas há surpresas. O site da Al Jazeera, odiada pelo regime por supostamente fomentar a revolta, é acessado sem problemas, assim como seu canal de TV. Mesmo que às vezes leve até meia hora para abrir. (MN) Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Washington pede que americanos saiam do país Índice | Comunicar Erros |
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