São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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BOLÍVIA

Após deixar Pando, 70 pedem refúgio a governo do Brasil

DA REDAÇÃO

Mais de 70 pessoas que fugiram para o Brasil depois dos conflitos no departamento boliviano de Pando, sob estado de sítio, apresentaram solicitações formais de refúgio no país. Os pedidos ainda serão analisados pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare), ligado ao Ministério da Justiça.
A informação é do Acnur (Alto Comissariado para Refugiados da ONU) no Brasil.
A lista de quem pediu refúgio é sigilosa. Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, só chegaram a Brasília, até agora, os pedidos de três famílias bolivianas. A pasta estima que a análise das solicitações deve demorar: há fila de pedidos e ainda se espera definição da situação política no país vizinho.
Segundo o Acnur, são quase 600 os bolivianos que cruzaram a fronteira para se esconder no Acre, principalmente após o massacre na cidade pandina de Porvenir, no qual morreram ao menos 15 simpatizantes do presidente Evo Morales.
Há duas semanas, a presidente do oposicionista Comitê Cívico de Pando, Ana Melena Suzuki, anunciou ter pedido refúgio no Brasil. O governo Morales já cobrou a expulsão de bolivianos no Acre, entre eles Melena, a quem acusa de ser responsável pelo massacre. À Folha, ela disse em setembro que as mortes em Porvenir foram um "mal menor" porque evitaram que a violência acontecesse na capital de Pando, provocando mais mortes.


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