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BOLÍVIA
Após deixar Pando, 70 pedem refúgio a governo do Brasil
DA REDAÇÃO
Mais de 70 pessoas que fugiram para o Brasil depois
dos conflitos no departamento boliviano de Pando,
sob estado de sítio, apresentaram solicitações formais
de refúgio no país. Os pedidos ainda serão analisados
pelo Comitê Nacional para
Refugiados (Conare), ligado
ao Ministério da Justiça.
A informação é do Acnur
(Alto Comissariado para Refugiados da ONU) no Brasil.
A lista de quem pediu refúgio é sigilosa. Segundo a assessoria do Ministério da
Justiça, só chegaram a Brasília, até agora, os pedidos de
três famílias bolivianas. A
pasta estima que a análise
das solicitações deve demorar: há fila de pedidos e ainda
se espera definição da situação política no país vizinho.
Segundo o Acnur, são quase 600 os bolivianos que cruzaram a fronteira para se esconder no Acre, principalmente após o massacre na cidade pandina de Porvenir,
no qual morreram ao menos
15 simpatizantes do presidente Evo Morales.
Há duas semanas, a presidente do oposicionista Comitê Cívico de Pando, Ana
Melena Suzuki, anunciou ter
pedido refúgio no Brasil. O
governo Morales já cobrou a
expulsão de bolivianos no
Acre, entre eles Melena, a
quem acusa de ser responsável pelo massacre. À Folha,
ela disse em setembro que as
mortes em Porvenir foram
um "mal menor" porque evitaram que a violência acontecesse na capital de Pando,
provocando mais mortes.
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