SAMY ADGHIRNI
DA REPORTAGEM LOCAL

O chanceler Celso Amorim visitará Teerã no início de novembro, segundo a Folha apurou. Impulsionados por um comércio bilateral de US$ 2 bilhões e pela presença da estatal Petrobras no Irã, os dois países vêm intensificando relações, mas encaram a visita do ministro de maneiras diferentes.
O Irã quer reforçar a mensagem de que muitos países não seguem as pressões do Ocidente para isolar Teerã por causa de seu programa nuclear -suspeito de ter objetivos militares, o que o Irã nega. Os iranianos, que têm excelentes relações com Venezuela e Bolívia, buscam agendar o quanto antes visita do presidente Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil. A idéia é malvista pelos Estados Unidos.
Embora o presidente Lula tenha dito que Ahmadinejad seria bem-vindo, os iranianos crêem que seu entusiasmo não é compartilhado. A impressão é realçada pelo fato de o Itamaraty ver a viagem de Amorim como "missão de prospecção comercial" (a Confederação Nacional da Indústria e a Fiesp devem integrar a comitiva).


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