São Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Mausoléu é erguido em cemitério modesto DO ENVIADO À PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ No modesto cemitério de Río Gallegos, entre tumbas de terra e cruzes caídas, está quase pronto o mausoléu dos Kirchner, uma construção de mais de 600 metros quadrados que receberá os restos do ex-presidente argentino. A previsão é concluir a obra para inaugurá-la no próximo dia 27, quando se completa um ano da morte de Néstor. Mas parece pouco provável que o monumento seja concluído a tempo. Segundo pedreiros que trabalham no local, faltam poucos detalhes, justamente os que demandam mais tempo em uma construção. A obra é tocada pela Austral Construções, empresa de Lázaro Báez, amigo dos Kirchner, e foi um pedido do próprio ex-presidente. Vinte dias antes de morrer, ele comentou com um amigo a queixa da mãe, de que o filho tinha sido prefeito, governador e presidente, e a família não tinha um mausoléu. Dias depois da morte de Néstor, a prefeitura cedeu um amplo terreno no cemitério. A obra começou na virada deste ano. Os pedreiros trabalham todos os dias (inclusive sábado e domingo) e há vigilância 24 horas. O mausoléu terá dois pisos e um subsolo. O caixão de Néstor ficará no centro do monumento, e poderá ser visto pelo público desde o piso superior -o teto do mausoléu será de vidro. No centro do monumento, haverá espaço para um segundo corpo. Báez inspeciona a obra semanalmente. Ele é o responsável por conduzi-la e mantém sigilo sobre os valores. No último domingo, quando a Folha esteve no cemitério, ele saiu rápido do local e não quis conversa. Muitos, contudo, acham um despropósito a construção de monumento daquele tamanho. "É uma grande vergonha, com o tanto de pobre aqui, gastar milhões numa coisa assim", disse Antonio Robles, 73, que visitava o local. (LF) Texto Anterior: Crescimento de patrimônio do casal gera suspeita Próximo Texto: Republicanos tomam bênção de eleitorado conservador em feira Índice | Comunicar Erros

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