São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 2005

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Caso de suposto massacre é base das acusações

DE WASHINGTON

Um suposto massacre no dia 6 de julho de 2004 compõe a base da denúncia apresentada ontem à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. No episódio, a Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti) contabiliza cinco mortos. Já moradores e médicos ouvidos na denúncia encaminhada dizem que 63 pessoas morreram, 30 ficaram feridas e 14 desapareceram.
Segundo relatos obtidos pelos denunciantes, a maioria dos mortos recebeu tiros na cabeça, e os feridos foram atendidos em um hospital dos Médicos sem Fronteiras.
Dias antes, em 29 de junho, uma outra ação dos capacetes azuis teria resultado na morte de um haitiano em cadeira de rodas, William Merci, em Bel Air, com um tiro na cabeça. Ele estava sentado no quintal. Um vídeo do corpo e depoimentos de vizinhos indicariam a participação de tropas brasileiras. Também foram encontrados cartuchos de munição usados pela ONU no local.
No dia 20 de agosto, diz a denúncia, a polícia haitiana interrompeu um jogo de futebol em Martissant, ordenou que as pessoas se deitassem no chão e distribuiu golpes. Os soldados da ONU, supostamente, assistiram e nada fizeram. (ID)


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