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Caso de suposto massacre é base das acusações
DE WASHINGTON
Um suposto massacre no
dia 6 de julho de 2004 compõe a base da denúncia apresentada ontem à Comissão
Interamericana de Direitos
Humanos. No episódio, a
Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti)
contabiliza cinco mortos. Já
moradores e médicos ouvidos na denúncia encaminhada dizem que 63 pessoas
morreram, 30 ficaram feridas e 14 desapareceram.
Segundo relatos obtidos
pelos denunciantes, a maioria dos mortos recebeu tiros
na cabeça, e os feridos foram
atendidos em um hospital
dos Médicos sem Fronteiras.
Dias antes, em 29 de junho,
uma outra ação dos capacetes azuis teria resultado na
morte de um haitiano em cadeira de rodas, William Merci, em Bel Air, com um tiro
na cabeça. Ele estava sentado
no quintal. Um vídeo do corpo e depoimentos de vizinhos indicariam a participação de tropas brasileiras.
Também foram encontrados cartuchos de munição
usados pela ONU no local.
No dia 20 de agosto, diz a
denúncia, a polícia haitiana
interrompeu um jogo de futebol em Martissant, ordenou que as pessoas se deitassem no chão e distribuiu golpes. Os soldados da ONU,
supostamente, assistiram e
nada fizeram.
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