São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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A CARISMÁTICA, O LIBERAL E O INTERVENCIONISTA

SÉGOLÈNE ROYAL

DA REPORTAGEM LOCAL

Deputada aos 35 anos e ministra aos 37, Ségolène Royal integrou o quadro burocrático altamente qualificado que assessorou nos anos 80 o presidente Mitterrand. Formada pela ENA (Escola Nacional de Administração), instituição de elite, é a companheira do presidente do PS, François Hollande. Eles nunca se casaram e têm quatro filhos.
Sua pré-campanha reúne uma máquina pesada, com bons parlamentares, publicitários e estrategistas. Ela nasceu em Dacar, Senegal, filha de um militar que servia naquela ex-colônia africana.
Seus adversários a julgam populista e inconsistente. Ela ocupou recente espaço na mídia ao defender a internação em quartéis de jovens delinqüentes e ao lançar a idéia de avaliação, por eleitores sorteados, do desempenho de políticos em cargo eletivo.


Com agências internacionais

DOMINIQUE STRAUSS-KAHN

DA REPORTAGEM LOCAL

Dominique Strauss-Kahn, 57, liderou como ministro das Finanças duas bem-sucedidas operações: a diminuição do déficit fiscal para a adoção do euro, em 2000, e as bases para a privatização da paquidérmica France Telecom.
Sua pré-candidatura procura neutralizar esse currículo liberal. Quer a estatização provisória de empresas cobiçadas por grupos estrangeiros e baixar os impostos de empregadores que contratem jovens de regiões mais pobres.
Economista e professor, DSK teve sua popularidade potencializada ao se casar com Anne Sinclair, jornalista de um talk-show da TV.
Tem relações ambíguas com o Estado. Quer ampliá-lo pelo crescimento da atual malha assistencial. Mas também propõe maior eficiência, como a concorrência entre as 84 universidades públicas.


Com agências internacionais

LAURENT FABIUS

DA REPORTAGEM LOCAL

Laurent Fabius, 60, é visto como uma espécie de camaleão socialista. Economista ortodoxo, foi sob a Presidência de Mitterrand o ideólogo da redução de impostos para favorecer o mercado. Mas se apega hoje ao Estado, cujo peso quer aumentar para ampliar as políticas sociais e a intervenção direta na economia.
Parisiense, divorciado, ele foi aos 37 anos o mais jovem premiê da história francesa. Passou da tecnocracia à condição de "representante dos mais humildes".
Quer o aumento imediato em R$ 280 do salário mínimo, hoje em R$ 3.885,00. Defende a generalização das 35 horas semanais de trabalho e mais habitações populares.
É o mais nacionalista dos pré-candidatos, opondo-se ao ingresso da Turquia na UE.


Com agências internacionais

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