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Israel responde a mísseis de palestinos
Helicóptero israelense ataca campo de refugiados em Gaza, depois que foguete Qassan matou uma mulher em Sderot
Ciclo da violência se instala novamente; palestinos dizem vingar morte de 19 civis; foguete caiu perto da casa de ministro israelense
DA REDAÇÃO
Um helicóptero israelense
lançou ontem à noite dois mísseis contra a casa de um extremista palestino em Gaza, anunciou em Israel um porta-voz. A
operação ocorreu no campo de
refugiados de Shathi. Não havia
até às 24h locais informações
sobre mortos ou feridos.
A operação foi uma resposta
ao lançamento, por terroristas
palestinos, de 14 mísseis na direção da cidade israelense de
Sderot. Um dos artefatos, um
Qassan de fabricação doméstica, matou uma mulher de 57
anos e feriu gravemente um segurança do ministro da Defesa
Amir Peretz, que teve as duas
pernas amputadas.
Peretz alertou que o ataque
não permaneceria impune. Foi
a primeira vez, desde que Israel
se retirou de Gaza, que mísseis
palestinos atingiram Sderot.
O grupo islâmico Hamas e o
Jihad Islâmico reivindicaram
os atentados e afirmaram que
eles foram uma resposta à operação israelense da semana
passada em Beit Hanoun, ao
norte de Gaza, em que foram
mortos 19 civis palestinos, sobretudo mulheres e crianças.
Israel se desculpou e disse ter
ocorrido uma "falha técnica".
A vítima de ontem foi atingida por um míssil que caiu a cerca de 150 metros da casa do ministro Amir Peretz. Ela foi
identificada como Faina Slutzker e atravessava uma rua para
se encontrar com o marido, que
a esperava na outra calçada.
O segurança ferido estava
numa ronda de rotina nas imediações da casa de Amir Peretz,
que também é o presidente do
Partido Trabalhista.
Um dos assessores do primeiro-ministro Ehud Olmert
disse que o combate israelense
aos lançadores de mísseis "claramente ainda não terminou".
A Associated Press afirma
que foram 12 os Qassan lançados ontem sobre alvos civis israelenses, dos quais seis chegaram a Israel. Mas o jornal "Haaretz" diz que os mísseis foram
14, e que sete atingiram a cidade de Sderot ou imediações.
Os mísseis têm tecnologia
primitiva, não são dotados de
mira eletrônica e caem quase
todos em área rural. Mas desde
2001, diz a Associated Press, oito outras pessoas já foram atingidas pelos Qassan em Israel.
O "Haaretz" relata a existência de fortes discussões em Sderot sobre a segurança das escolas que podem ser atingidas por
esses artefatos.
Avi Dichter, ministro da Segurança Pública, disse à emissora do Exército que Israel deveria expandir suas operações
em Gaza "até que cesse completamente essa forma bárbara
de agressão".
Com agências internacionais
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