REDAÇÃO

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, anunciou ontem a edição de uma "legislação de emergência contra as "pirâmides financeiras'", que agravará as penas de prisão aos responsáveis pelas empresas golpistas e tratará também da restituição dos recursos confiscados às pessoas vítimas de calotes.
Na véspera, ele perdeu seu primeiro colaborador em decorrência do escândalo pela quebra de investidoras "pirâmides", que levaram consigo cerca de R$ 2 bilhões em depósitos, em geral de pessoas de baixa renda. O chefe da Superintendência Financeira da Colômbia, César Prado, renunciou.
O calote gerou vários protestos e três mortes -dois assassinatos e um suicídio.
Inicialmente o governo tentou se desvencilhar da responsabilidade no episódio, mas Uribe reconheceu uma parcela de culpa.
As cerca de 200 "pirâmides" atribuíram sua quebra à crise econômica. Agora estão sob investigação da polícia, que suspeita que o negócio servisse para lavar dinheiro do narcotráfico.
Ontem, a polícia apreendeu o equivalente a US$ 13 milhões no cofre de um escritório da empresa DRFE (Dinheiro Rápido, Fácil e Vivo, em espanhol) na cidade de Pereira.