São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

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EUA

Bush não vê razão para punir responsáveis por erros

Presidente afirma que eleitores ratificaram intervenção no Iraque

DA REDAÇÃO

Em entrevista publicada ontem no jornal "The Washington Post", o presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou que sua reeleição equivale a uma ratificação, pelos eleitores, da intervenção americana no Iraque, e que por isso não vê motivos para punir funcionários do governo por erros de planejamento e execução da ocupação militar.
"O momento de responsabilização foram as eleições de 2004. O povo americano ouviu diferentes versões sobre o que estava ocorrendo no Iraque, olhou para os dois candidatos e me escolheu."
A afirmação, feita na sexta-feira, ocorreu após o mesmo "The Washington Post" ter revelado, na quarta, que a busca por armas de destruição em massa no Iraque havia sido encerrada pelos EUA em dezembro, fato que a Casa Branca havia tentado esconder.
A inexistência de armas de destruição em massa sob posse de Saddam, assim como a feroz e organizada resistência enfrentada pelo Exército americano no pós-guerra, acirrou a busca por culpados pelos erros no planejamento da campanha. A declaração feita por Bush ao jornal parece no entanto afastar a hipótese de uma "caça às bruxas".
Bush disse ainda que não há prazo para a retirada das tropas americanas do Iraque, desmentindo o demissionário secretário de Estado dos EUA, Collin Powell, que disse recentemente que o contingente americano no país poderia ser reduzido até o fim do ano. Bush afirmou que é preciso "paciência" para transformar uma ditadura em democracia.
O presidente também reconheceu que a reputação dos EUA perante alguns países diminuiu, e que por isso irá pedir à futura secretária de Estado, Condoleezza Rice, para iniciar uma campanha diplomática que "explique nossos motivos e intenções" ao mundo.


Com agências internacionais


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