|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Qatar e Mauritânia anunciam ruptura com governo israelense
DA REDAÇÃO
O Qatar e a Mauritânia, entre
os raros países árabes que mantêm contatos diplomáticos formais com Israel, anunciaram
ontem o "congelamento" de
suas relações com o Estado hebraico em protesto contra a
ofensiva na faixa de Gaza.
O Qatar, um país pequeno
que aposta no poder econômico para se tornar uma potência
diplomática, mantinha relações comerciais formais com
Israel como forma de se legitimar como mediador no conflito com os palestinos.
Já a Mauritânia, país pobre
do oeste da África, abrigava
uma representação de Israel
para poder se beneficiar de ajuda econômica israelense.
Jordânia e Egito são os únicos países árabes que mantêm
embaixadas plenas em Israel.
A ruptura com o Estado judaico foi anunciada durante
uma cúpula sobre a crise em
Gaza que evidenciou o profundo racha entre governos árabes
favoráveis a uma posição mais
firme contra Israel e aliados
dos EUA coniventes com o objetivo de enfraquecer o Hamas.
Convocado pelo governo qatariano para aumentar a pressão sobre Israel e dar uma resposta à revolta da opinião pública da região, o encontro foi
boicotado pelas principais potências árabes aliadas dos EUA.
Países como Egito e Arábia
Saudita, que querem enfraquecer o Hamas por considerar o
grupo como instrumento geopolítico do rival Irã, planejam
encontro rival sobre Gaza amanhã -para dar tempo a Israel
de seguir atacando o Hamas.
O principal líder árabe no encontro de Doha foi o ditador da
Síria, Bashar Assad. Ele disse
que o ataque a Gaza "matou" a
proposta apresentada pela Arábia Saudita em 2002, pela qual
os países árabes ofereciam paz
a Israel em troca da retirada
dos territórios ocupados na
Guerra do Seis Dias, em 1967.
Esvaziada de outros grandes
líderes árabes, a cúpula de Doha acabou atraindo representantes de vários governos não
árabes, entre eles o iraniano
Mahmoud Ahmadinejad.
O líder do Hamas Khaled
Meshaal também foi a Doha.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Israel e EUA selam pacto contra Hamas Próximo Texto: Israel já matou mais em Gaza que no Líbano Índice
|