São Paulo, sábado, 17 de janeiro de 2009

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"Insanidade" pede reforma na ONU, diz Lula

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A EL DILÚVIO (VENEZUELA)

Em visita à Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva qualificou o conflito israelo-palestino de "insanidade" e defendeu a reforma da ONU como um dos passos para resolver a violência na região.
"O Brasil é um exemplo de convivência pacífica entre árabes e judeus. Nós temos aproximadamente 10 milhões de árabes no Brasil e temos algumas centenas de milhares de judeus, que não têm nenhuma culpa da insanidade daqueles que tomam decisões de atirar em gente inocente", disse, durante discurso ao lado do presidente Hugo Chávez.
Ao defender a reforma do Conselho de Segurança -o Brasil postula um assento permanente-, Lula disse que a ONU está "enfraquecida e debilitada" por não ter tido força para impedir a Guerra do Iraque nem a ofensiva em Gaza.
Lula mencionou a recente visita do chanceler Celso Amorim ao Oriente Médio e disse ser necessário "mudar os interlocutores". "Não pode ser apenas os EUA ou um outro país. E a primeira coisa que temos que fazer é que sejam resolvidos os conflitos internos. A Autoridade Nacional Palestina não pode negociar a paz se o Hamas não concorda com a paz."
Depois que Chávez se queixou de que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, repete a retórica de George W. Bush ao vinculá-lo às Farc colombianas, Lula disse esperar que ocorra logo um encontro entre o venezuelano e Obama. "Espero que Obama não veja aqui a região dos anos 60, mas uma região que aprendeu a viver em democracia", disse.


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