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"Insanidade" pede reforma na ONU, diz Lula
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A EL DILÚVIO (VENEZUELA)
Em visita à Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva qualificou o conflito israelo-palestino de "insanidade" e defendeu a reforma da ONU como um dos passos para resolver
a violência na região.
"O Brasil é um exemplo de
convivência pacífica entre árabes e judeus. Nós temos aproximadamente 10 milhões de árabes no Brasil e temos algumas
centenas de milhares de judeus, que não têm nenhuma
culpa da insanidade daqueles
que tomam decisões de atirar
em gente inocente", disse, durante discurso ao lado do presidente Hugo Chávez.
Ao defender a reforma do
Conselho de Segurança -o
Brasil postula um assento permanente-, Lula disse que a
ONU está "enfraquecida e debilitada" por não ter tido força
para impedir a Guerra do Iraque nem a ofensiva em Gaza.
Lula mencionou a recente visita do chanceler Celso Amorim ao Oriente Médio e disse
ser necessário "mudar os interlocutores". "Não pode ser apenas os EUA ou um outro país. E
a primeira coisa que temos que
fazer é que sejam resolvidos os
conflitos internos. A Autoridade Nacional Palestina não pode
negociar a paz se o Hamas não
concorda com a paz."
Depois que Chávez se queixou de que o presidente eleito
dos EUA, Barack Obama, repete a retórica de George W. Bush
ao vinculá-lo às Farc colombianas, Lula disse esperar que
ocorra logo um encontro entre
o venezuelano e Obama. "Espero que Obama não veja aqui a
região dos anos 60, mas uma
região que aprendeu a viver em
democracia", disse.
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