DA REDAÇÃO

O presidente Mahmoud Ahmadinejad afirmou ontem que o Irã responderá à aplicação de novas sanções e que os países que as tiverem patrocinado vão se arrepender pelos seus atos.
"O Irá retaliará, é claro. Se alguém agir contra o Irã, nossa resposta será definitivamente firme o suficiente para provocar arrependimento", disse o presidente iraniano em encontro com jornalistas em Teerã.
"Sanções não atingirão o Irã", completou, em referência à nova rodada de punições econômicas que as potências ocidentais -com o apoio da Rússia- tentam viabilizar no Conselho de Segurança da ONU.
Ahmadinejad disse ainda que as negociações sobre a proposta de acordo da AIEA -que prevê a troca de urânio do Irã pouco enriquecido pelo elemento processado a grau mais alto no exterior- não estão esgotadas.
Segundo ele, a eventual troca do material poderia ser feita "inclusive com os EUA", desde que em solo iraniano -condição rejeitada pelas potências.
O iraniano afirmou ainda que o país "em breve" instalará centrífugas mais avançadas para enriquecimento de urânio. E disse que o Irã não leva a sério as declarações da véspera da chanceler americana, Hillary Clinton, de que o Irã caminha para ser uma ditadura militar.
O chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, rebateu, no entanto, a afirmação. "Aqueles que têm sido o símbolo da ditadura militar nas últimas décadas tendem a ver os outros da mesma forma", disse Mottaki.
Para ele, os EUA escolheram o caminho errado para solucionar os conflitos no Oriente Médio. "Os EUA assumiram posições erradas e ficam insistindo nelas. As políticas americanas fracassaram em Gaza, no Líbano e no Afeganistão", afirmou.

Com agências internacionais

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