São Paulo, quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

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Passaportes falsos são pistas de morte de líder do Hamas

Polícia de Dubai, onde corpo foi achado em janeiro, diz que suspeitos portavam documentos europeus

DO "FINANCIAL TIMES"

Os governos irlandês e britânico disseram ontem que os passaportes pertencentes a 9 das 11 pessoas suspeitas pela morte de um líder do grupo islâmico Hamas em Dubai (Emirados Árabes Unidos) em 19 de janeiro aparentam ser falsos.
Segundo a polícia de Dubai, o grupo suspeito pelo assassinato de Mahmoud al Mabhouh -cujo corpo foi encontrado com sinais de choques elétricos e enforcamento- tinha seis portadores de passaportes britânicos, três de irlandeses, um de francês e outro de alemão.
O governo irlandês informou que os nomes dos três portadores de passaporte do país não eram compatíveis com quaisquer documentos expedidos por ele. A Chancelaria britânica disse que os passaportes do Reino Unido dos seis suspeitos eram todos "fraudulentos".
O Ministério do Interior alemão acrescentou que o número de cinco dígitos fornecido pelo portador de passaporte germânico era muito curto e não tinha as letras que atualmente acompanham tais documentos.
Logo que a morte foi anunciada, o Hamas imediatamente culpou a Inteligência israelense. Apontado como contrabandista de armamentos, Mabhouh era procurado pelo sequestro e mortes de dois soldados israelenses em 1989.
Israel -que promoveu uma ofensiva na virada de 2008 para 2009 contra o grupo islâmico que controla a faixa de Gaza- não comentou oficialmente a morte de Mabhouh, seguindo sua política de não confirmar nem negar responsabilidade por ataques a alvos no exterior.
Uma fonte no governo dos Emirados Árabes Unidos disse ao "Financial Times" que "ao menos alguns" dos passaportes dos suspeitos foram usados em países europeus e asiáticos em meses recentes.
A autoridade acrescentou que há outras seis pessoas suspeitas de envolvimento na operação. Uma delas é um palestino que já foi residente nos emirados e que está detido.
Acredita-se que todos os demais suspeitos pelo episódio já tenham deixado o país. Mandados internacionais de prisão foram emitidos pela Interpol.


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