|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Passaportes falsos são pistas de morte de líder do Hamas
Polícia de Dubai, onde corpo foi achado em janeiro, diz que suspeitos portavam documentos europeus
DO "FINANCIAL TIMES"
Os governos irlandês e britânico disseram ontem que os
passaportes pertencentes a 9
das 11 pessoas suspeitas pela
morte de um líder do grupo islâmico Hamas em Dubai (Emirados Árabes Unidos) em 19 de
janeiro aparentam ser falsos.
Segundo a polícia de Dubai, o
grupo suspeito pelo assassinato
de Mahmoud al Mabhouh -cujo corpo foi encontrado com sinais de choques elétricos e enforcamento- tinha seis portadores de passaportes britânicos, três de irlandeses, um de
francês e outro de alemão.
O governo irlandês informou
que os nomes dos três portadores de passaporte do país não
eram compatíveis com quaisquer documentos expedidos
por ele. A Chancelaria britânica
disse que os passaportes do
Reino Unido dos seis suspeitos
eram todos "fraudulentos".
O Ministério do Interior alemão acrescentou que o número
de cinco dígitos fornecido pelo
portador de passaporte germânico era muito curto e não tinha as letras que atualmente
acompanham tais documentos.
Logo que a morte foi anunciada, o Hamas imediatamente
culpou a Inteligência israelense. Apontado como contrabandista de armamentos, Mabhouh era procurado pelo sequestro e mortes de dois soldados israelenses em 1989.
Israel -que promoveu uma
ofensiva na virada de 2008 para
2009 contra o grupo islâmico
que controla a faixa de Gaza-
não comentou oficialmente a
morte de Mabhouh, seguindo
sua política de não confirmar
nem negar responsabilidade
por ataques a alvos no exterior.
Uma fonte no governo dos
Emirados Árabes Unidos disse
ao "Financial Times" que "ao
menos alguns" dos passaportes
dos suspeitos foram usados em
países europeus e asiáticos em
meses recentes.
A autoridade acrescentou
que há outras seis pessoas suspeitas de envolvimento na operação. Uma delas é um palestino que já foi residente nos emirados e que está detido.
Acredita-se que todos os demais suspeitos pelo episódio já
tenham deixado o país. Mandados internacionais de prisão foram emitidos pela Interpol.
Texto Anterior: França testou radiação nuclear em soldados Próximo Texto: Terremoto no Haiti é o mais destruidor, diz BID Índice
|