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EUROPA
Integrantes do bloco fazem declaração conjunta pedindo papel central para a ONU no Iraque e paz entre Israel e palestinos
Dez países firmam tratado de adesão à UE
DA REDAÇÃO
Líderes europeus, após meses
de divisões por causa da ação militar contra o Iraque, deram um
passo em direção à unidade do
continente ontem, dando boas-vindas a dez futuros membros da
União Européia (UE) e pedindo
em conjunto um papel central para a ONU no pós-guerra.
Tentando dar fim às disputas
por causa do conflito, França, Reino Unido, Espanha e Alemanha
elaboraram uma declaração sobre
o papel da ONU na reconstrução
do Iraque e exortaram os EUA a
manter a lei e a ordem no país.
Em paralelo à cerimônia na qual
dez países, entre eles oito ex-integrantes do bloco soviético, assinaram tratados de admissão à UE,
os quatro membros do bloco europeu que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU também pediram aos EUA que levassem a público seu plano de paz
entre Israel e palestinos.
Segundo autoridades, o objetivo é que os 15 membros da UE assinem a declaração antes que a
cúpula termine, hoje.
O chanceler russo, Igor Ivanov,
e o secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, também estavam na capital grega.
O presidente da França, Jacques
Chirac, afirmou que a iniciativa
era uma tentativa de declarar
princípios para a reconstrução e a
estabilização do Iraque "com um
papel central para a ONU".
Ele afirmou que a UE deve organizar vôos para levar os feridos da
guerra a hospitais europeus.
Dia histórico
Em uma cerimônia na cidade
considerada o berço da democracia européia, Chipre, Eslováquia,
Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia, Hungria, Malta, Polônia e República Tcheca assinaram tratados para entrar na UE em 1º de
maio de 2004. Alguns países ainda
precisam ratificar os tratados.
A maior expansão da UE até hoje foi acompanhada por declarações de unidade em uma cerimônia coordenada por Costas Simitris, premiê da Grécia (atual presidente da UE), em Stoa de Attalos
(portão de Attalos), edifício construído em 150 a.C. e parte da Ágora, o centro da "pólis", onde os
gregos se reuniam em assembléia.
"Este é um dia histórico. Esta é
uma realização que cria uma nova
obrigação, a de olharmos para o
futuro com otimismo e criatividade", disse Simitris.
Cada um dos representantes
dos 15 membros da UE e de seus
dez futuros integrantes fez um
discurso de três minutos. Na Antiguidade, políticos atenienses podiam discursar por seis minutos.
"A União Européia está finalmente superando a divisão do
continente europeu em Leste e
Oeste, a divisão política de seus
Estados e a dolorosa divisão de
seu povo que resultaram da Segunda Guerra Mundial", disse o
chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder.
O premiê britânico, Tony Blair,
disse que democracia, liberdade e
o Estado de Direito são "os valores que unem a UE, quaisquer que
sejam as diferenças" dentro dela.
Chirac disse: "A UE não se trata
apenas de um grande mercado,
políticas comuns, uma moeda
única e o livre movimento. Trata-se, de forma mais importante, de
uma ambição coletiva".
Centenas de manifestantes antiguerra se afastaram de um grupo
de cerca de 10 mil pessoas que faziam um protesto pacífico em
Atenas e jogaram bombas de gasolina em policiais, incendiaram
bancos e quebraram vitrines perto das embaixadas dos EUA e do
Reino Unido. A polícia reagiu
com bombas de gás lacrimogêneo. Mais de cem pessoas foram
detidas.
Com agências internacionais
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