São Paulo, sexta-feira, 17 de abril de 2009

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"Dissemos aos EUA, em privado e em público, que estamos abertos", diz Raúl

DA EFE

Após Barack Obama cobrar de Cuba um sinal de que está interessada no degelo das relações, como liberação de presos políticos, o dirigente máximo da ilha, Raúl Castro, disse ontem que o país está aberto a discutir "tudo, direitos humanos, liberdade de imprensa, presos políticos", desde que "sem violação do direito de autodeterminação do povo cubano".
"Mandamos dizer ao governo americano, em privado e publicamente, que estamos abertos quando eles quiserem discutir", disse Raúl, na Venezuela para participar da cúpula da Alba. Ele voltou a sugerir aos EUA a libertação dos cinco cubanos julgados e condenados nos EUA em 2001 por espionagem. "Por que não nos soltam nossos cinco heróis que não fizeram nenhum mal aos EUA?"
Barack Obama nem a secretária de Estado, Hillary Clinton, cobraram mudança de regime evitaram a palavra democracia. Falaram de "abertura da sociedade", de liberdade de expressão e política. Em resposta, Raúl ironizou o bipartidarismo americano. "Não entendo essa democracia dos EUA. Há um só partido. O que têm é um sistema bem azeitado".
O dirigente cubano criticou ainda a reunião do G20 sobre a crise econômica mundial e disse que o FMI (Fundo Monetário Internacional) é parte da causa, e não da solução da crise.


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