|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
IGREJA
Para Vaticano, ele fica "enquanto Deus lhe der forças"
Papa terá "coragem" de renunciar caso sua saúde piore, diz cardeal
DA REDAÇÃO
Um cardeal hondurenho disse
ontem acreditar que o papa João
Paulo 2º teria a "coragem" de renunciar a seu cargo no futuro caso sentisse que sua saúde não lhe
permitiria mais cumprir com
suas responsabilidades.
"O papa sente a responsabilidade de seu ministério e, no dia em
que sentir que não pode mais
continuar, vai renunciar", afirmou o cardeal Oscar Rodriguez
Maradiaga. "Acho que ele teria a
coragem de se aposentar caso
problemas de saúde o proibissem
de realizar seu ministério."
Rodriguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa, estava respondendo a uma pergunta de um repórter em um cerimônia em que
recebeu um título honorário de
uma universidade em Roma.
O papa, que completa 82 anos
amanhã, diz anteontem que queria o apoio dos fiéis para "dar continuidade com lealdade ao ministério que foi dado pelo Senhor".
Ele recebeu ontem o presidente
do Chile, Ricardo Lagos Escobar,
e quatro bispos equatorianos.
Repórteres que participaram da
audiência com o presidente chileno disseram que João Paulo 2º parecia estar em boa forma.
Os cardeais alemães Joseph Ratzinger e Karl Lehmann já fizeram
declarações semelhantes às de
Rodriguez Maradiaga.
"Se o papa perceber que não pode continuar, seguramente renunciará", disse Ratzinger ao semanário católico "Muenchner
Kirchenseitung" recentemente.
O porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, afirmou ontem que o pontífice continuará à
frente da Igreja Católica "enquanto Deus lhe der força".
"Não li as declarações dos cardeais [Rodriguez Maradiaga e
Ratzinger". A única coisa que posso fazer é repetir o que o papa disse ontem [anteontem" durante
sua audiência geral", disse.
Navarro-Valls afirmou ainda
que João Paulo 2º deve visitar a
Croácia em setembro e pode ir a
outros países depois disso.
Na próxima semana, o pontífice
deve retomar suas viagens internacionais após uma pausa de oito
meses. Ele irá ao Azerbaijão e à
Bulgária e tem viagens marcadas
para julho (Canadá, Guatemala e
México) e agosto (Polônia).
Sua saúde tem piorado desde o
início da década de 90, quando
sintomas do mal de Parkinson começaram a aparecer. Ele teve um
tumor no cólon removido em
1992, deslocou o ombro em 1993 e
quebrou o fêmur em 1994.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Diplomacia: Iraque aprova "com relutância" resolução do Conselho de Segurança Próximo Texto: Panorâmica - Venezuela: Governo e oposição advertem sobre possível novo golpe contra Chávez Índice
|