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São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2003

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Bush começa hoje a arrecadar US$ 20 mi para reeleição

FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, George W. Bush, inicia hoje uma agenda de jantares e eventos políticos que devem render, segundo estimativas conservadoras, US$ 20 milhões à campanha do Partido Republicano em duas semanas.
Até o final do mês, Bush vai participar de sete eventos do tipo, a primeira-dama, Laura Bush, de três, e o vice-presidente, Dick Cheney, de outros quatro.
Será o início prático dos trabalhos do "Bush-Cheney 2004 Incorporated", como foi batizado formalmente o comitê de campanha republicano para a reeleição da chapa, em novembro de 2004.
Na média, as recepções devem cobrar entre US$ 1.500 e US$ 2.000 por cabeça.
As agendas dos eventos estão praticamente lotadas, e o valor arrecadado deve se aproximar de tudo o que os nove pré-candidatos do Partido Democrata conseguiram angariar juntos nos três primeiros meses deste ano.
Bush viveu ontem o seu primeiro dia de candidato assumidamente em campo. Além dos eventos para levantar fundos, o presidente tem nos próximos dias uma agenda carregada de simbolismos e que procurará demonstrar ação na área econômica, o ponto mais fraco de sua administração.
Ontem, pouco depois de se deixar fotografar ao lado de empregados de uma linha de produção de ravioli e de outras comidas italianas em Nova Jersey, Bush citou em discurso todos os pontos centrais de sua estratégia eleitoral.
O presidente americano chegou a resvalar no chamado "conservadorismo com compaixão", o tema de sua campanha de 2000, ao afirmar que a "grandeza" americana se deve não só à sua força militar, mas também "à grande compaixão" dos americanos.
Discursando a cerca de 20 km do local onde ficava o World Trade Center, Bush também discorreu longamente sobre a guerra ao terror e sobre as vitórias militares no Afeganistão e no Iraque.
O giro que vai levar o presidente a Nova York, São Francisco, Los Angeles, Tampa e Miami inclui uma série de visitas a pequenas e médias empresas beneficiadas pelo último pacote de corte de impostos aprovado pelo Congresso.
Nas recepções para levantar fundos, no entanto, são esperados representantes das maiores empresas americanas, muitas delas com antigas ligações com o primeiro escalão do governo Bush.
Os republicanos esperam arrecadar US$ 200 milhões para a atual campanha eleitoral, o dobro do obtido para a corrida de 2000. Entre os democratas, pode surgir ainda um décimo pré-candidato. Anteontem, o general reformado Wesley Clark, ex-comandante da Otan no governo Bill Clinton, assumiu que poderá concorrer.


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