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Bush começa hoje a arrecadar US$ 20 mi para reeleição
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
O presidente dos EUA, George
W. Bush, inicia hoje uma agenda
de jantares e eventos políticos que
devem render, segundo estimativas conservadoras, US$ 20 milhões à campanha do Partido Republicano em duas semanas.
Até o final do mês, Bush vai participar de sete eventos do tipo, a
primeira-dama, Laura Bush, de
três, e o vice-presidente, Dick
Cheney, de outros quatro.
Será o início prático dos trabalhos do "Bush-Cheney 2004 Incorporated", como foi batizado
formalmente o comitê de campanha republicano para a reeleição
da chapa, em novembro de 2004.
Na média, as recepções devem
cobrar entre US$ 1.500 e US$
2.000 por cabeça.
As agendas dos eventos estão
praticamente lotadas, e o valor arrecadado deve se aproximar de
tudo o que os nove pré-candidatos do Partido Democrata conseguiram angariar juntos nos três
primeiros meses deste ano.
Bush viveu ontem o seu primeiro dia de candidato assumidamente em campo. Além dos eventos para levantar fundos, o presidente tem nos próximos dias uma
agenda carregada de simbolismos
e que procurará demonstrar ação
na área econômica, o ponto mais
fraco de sua administração.
Ontem, pouco depois de se deixar fotografar ao lado de empregados de uma linha de produção
de ravioli e de outras comidas italianas em Nova Jersey, Bush citou
em discurso todos os pontos centrais de sua estratégia eleitoral.
O presidente americano chegou
a resvalar no chamado "conservadorismo com compaixão", o tema de sua campanha de 2000, ao
afirmar que a "grandeza" americana se deve não só à sua força
militar, mas também "à grande
compaixão" dos americanos.
Discursando a cerca de 20 km
do local onde ficava o World Trade Center, Bush também discorreu longamente sobre a guerra ao
terror e sobre as vitórias militares
no Afeganistão e no Iraque.
O giro que vai levar o presidente
a Nova York, São Francisco, Los
Angeles, Tampa e Miami inclui
uma série de visitas a pequenas e
médias empresas beneficiadas pelo último pacote de corte de impostos aprovado pelo Congresso.
Nas recepções para levantar
fundos, no entanto, são esperados
representantes das maiores empresas americanas, muitas delas
com antigas ligações com o primeiro escalão do governo Bush.
Os republicanos esperam arrecadar US$ 200 milhões para a
atual campanha eleitoral, o dobro
do obtido para a corrida de 2000.
Entre os democratas, pode surgir
ainda um décimo pré-candidato.
Anteontem, o general reformado
Wesley Clark, ex-comandante da
Otan no governo Bill Clinton, assumiu que poderá concorrer.
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