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DIREITOS HUMANOS
Morte de ativista tchetchena motiva crítica a governo russo
DA REDAÇÃO
O assassinato da ativista de
direitos humanos Natalia
Estemirova provocou ontem
fortes condenações ao "ambiente de impunidade" que,
segundo críticos, assola a
Rússia. Estemirova denunciava abusos contra separatistas na república-membro
da Tchetchênia, no Cáucaso.
O corpo da ativista tchetchena foi encontrado anteontem à tarde em um mato
à beira de estrada na república-membro vizinha da Inguchétia com marcas de tiros
na cabeça e no corpo. Segundo relatos, ela fora sequestrada pela manhã em local
próximo à sua casa, na capital da Tchetchênia, Grozni.
Na procissão com cerca de
cem pessoas que levou o corpo de Estemirova de volta a
Grozni, um cartaz perguntava ontem "quem será o próximo?", em referência à série
de assassinatos de ativistas
russos nos últimos anos
-como o da jornalista Anna
Politkovskaia, em 2006, que
colaborava com Estemirova.
Oleg Orlov, presidente da
organização em que a ativista trabalhava, acusou o presidente tchetcheno, ligado ao
Kremlin, pela morte. "Eu tenho certeza de quem é culpado pelo assassinato, seu nome é Ramzan Kadirov."
Diretores de ONGs de direitos humanos cobraram do
governo russo uma investigação independente e o fim
da impunidade na Rússia.
A alta comissária para Direitos Humanos da ONU,
Navi Pillay, exortou o presidente russo, Dmitri Medvedev, a "fazer o possível para
levar os autores à Justiça".
Na Alemanha, ao lado da
chanceler (premiê) Angela
Merkel, Medvedev condenou o crime e elogiou o trabalho da ativista. "É claro
que isso está relacionado à
sua atividade profissional."
Merkel cobrou investigação.
A república-membro russa
da Tchetchênia, de maioria
muçulmana, foi palco de
duas guerras entre separatistas e Moscou em 15 anos.
Com agências internacionais
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