São Paulo, segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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Cabul entra em "alerta vermelho"

DO ENVIADO ESPECIAL A CABUL

Cabul foi declarada ontem sob "alerta vermelho" de segurança devido às eleições. A capital afegã, vítima de um atentado que matou sete civis anteontem, já era uma cidade difícil para se lidar. Ficou intolerável.
Pelo alerta, todas as ruas de áreas em que há alvos potenciais para ataques de carros-bomba tiveram que ser fechadas.
Isso significa praticamente toda a parte central, sudoeste e noroeste da cidade, em que há concentração de prédios públicos, de forças estrangeiras ou de empresas internacionais.
Na rua Ansari, que tem o comércio considerado o mais sofisticado de Cabul -embora isso seja muito relativo-, ontem havia duas barreiras policiais.
Carros eram completamente revistados, e porta-malas, abertos. Motivo: lá fica o QG de campanha do candidato Abdullah Abdullah, segundo colocado na disputa presidencial.
Com o trânsito bloqueado, o já caótico tráfego da cidade viveu alguns momentos de completo colapso. Ontem, às 16h (8h30 em Brasília), o taxista Mirwais desistiu de tentar andar pelas ruas. "Vou ficar aqui. Não tem como ir a nenhum lugar."
Ledo engano: a polícia não deixou ele parar seu carro, um Corolla antigo, modelo predileto de táxi na cidade, perto da nova mesquita de Cabul. "Disseram que podia ter uma bomba. Mas eles me revistaram!", conta ele. Pegando um caminho alternativo, o taxista foi em direção a sua casa no subúrbio.
Em todas as portarias de prédios públicos da capital, é feita uma revista completa. Câmeras fotográficas têm de ser acionadas -uma lembrança do ataque que vitimou o ídolo da antiga Aliança do Norte, Ahmad Shah Massoud. O comandante foi morto antes do atentado terrorista do 11 de Setembro pela explosão de uma suposta câmera de vídeo de um suposto repórter. (IG)


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