São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011

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DIÁRIO DE DAMASCO

Clima de tensão muda humores em um segundo

DO ENVIADO A DOUMA

Soldados tensos montam guarda na entrada de Douma e revistam os carros que tentam entrar.
Foco de protestos quase diários contra o regime, a cidade está isolada por um cordão de segurança. Isso explica a surpresa de moradores ao ver um repórter em sua vizinhança.
Afinal, os poucos jornalistas estrangeiros que receberam visto para entrar na Síria desde o início dos protestos ficaram restritos a Damasco, ou a excursões guiadas pelo governo a algumas cidades.
"Você é o primeiro jornalista estrangeiro que vemos aqui", disse um jovem manifestante, agradecido.
Mas o clima geral de desconfiança pode mudar os humores num segundo.
Na hora de ir embora, um grupo cercou o táxi da reportagem quando um homem levantou a suspeita de que o repórter fosse espião disfarçado.
Após momentos tensos, que pareceram uma eternidade, o passaporte brasileiro acabou convencendo a pequena multidão e o carro pôde seguir viagem.
A Folha tentou obter permissão do governo para visitar ontem Homs e Hama, cidades onde as manifestações tem sido as maiores do país, mas o pedido foi negado. Porém, na região de Damasco a reportagem poderia circular livremente, garantiu a porta-voz do ministério da Informação, Reeda Haddad. (MARCELO NINIO)


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