São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011

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Brasil reconhece os rebeldes da Líbia como novo governo do país

País vota a favor de resolução da Assembleia da ONU

FLÁVIA FOREQUE

DE BRASÍLIA

Após a Assembleia Geral das Nações Unidas garantir assento aos rebeldes líbios na ONU, o Brasil reconheceu a legitimidade do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão da oposição ao regime de Muammar Gaddafi.
Ontem, com 114 votos favoráveis, 17 contrários e 15 abstenções, a ONU reconheceu os rebeldes como representantes da Líbia, o que permitirá que o presidente do conselho, Mustafa Abdel Jalil, participe de reunião da Assembleia Geral, na próxima semana.
A presidente Dilma Rousseff viaja hoje a Nova York para participar do evento -ela irá abrir o debate na Assembleia, tarefa tradicionalmente realizada pelo chefe de Estado brasileiro.
Em uma nota sucinta divulgada na tarde de ontem, o Itamaraty afirmou que a decisão do colegiado obteve "voto favorável do Brasil". O Ministério das Relações Exteriores resistia em reconhecer a legitimidade dos rebeldes.
No mês passado, o chanceler Antonio Patriota afirmou que não era o momento para "adotar alguma manifestação a respeito deste ou daquele governo".
Apesar disso, o embaixador brasileiro no Cairo, Cesário Melantonio Neto, foi enviado no final de julho a Benghazi, então capital rebelde, para um contato com o governo oposicionista.
O diplomata ainda representou o Brasil na reunião do "grupo de amigos para a nova Líbia", em Paris, que tratou de medidas para a reconstrução do país e a transição entre o novo governo e o regime de Gaddafi.
Forças ainda leais a Gaddafi repeliram com fogo de artilharia um ataque de militares do CNT a um dos últimos bastiões do regime, Bani Walid.
Em Sirte, cidade natal do ditador atacada nesta semana pelo CNT, houve combates ontem.


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