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ÁSIA
Autoridades americanas afirmam que Pyongyang reconheceu desenvolver armas nucleares secretamente, violando tratado internacional
Coréia do Norte admite programa nuclear, dizem EUA
DA REDAÇÃO
Num episódio surpreendente
que abre espaço para uma nova
crise na Ásia, autoridades americanas afirmaram que a Coréia do
Norte reconheceu estar desenvolvendo um programa de armas
nucleares. Essa seria uma clara
violação do tratado de 1994, em
que o país se comprometia a congelar o seu programa nuclear.
Segundo uma autoridade americana consultada pela agência de
notícias Reuters, o governo Bush
crê que as atividades da Coréia do
Norte "efetivamente anularam o
acordo de 1994".
O reconhecimento de que tem
um programa de armas nucleares
teria vindo durante uma viagem
do secretário assistente de Estado
dos EUA, James Kelly, à capital
norte-coreana, Pyongyang, no começo do mês.
Kelly teria apresentado uma documentação que comprovaria as
atividades nucleares. Depois de
uma negativa inicial, as autoridades norte-coreanas acabaram admitindo a existência de um programa secreto de armas envolvendo o uso de urânio enriquecido, afirmam membros do alto escalão do governo Bush.
Washington ainda não havia se
manifestado até a noite de ontem
sobre as medidas que pretende
tomar ou quais os próximos passos nas relações com o país asiático, que vem procurando uma
maior cooperação com a comunidade internacional.
A Casa Branca deve consultar o
Congresso e os países aliados para
determinar sua linha de ação, disseram autoridades.
O presidente Bush incluiu a Coréia do Norte junto com Irã e Iraque no que ele chamou de "eixo
do mal", de Estados que estariam
desenvolvendo armas de destruição em massa e dando apoio ao
terrorismo internacional.
Todo o esforço do Executivo
americano em aprovar um ataque
ao Iraque baseia-se na afirmativa
de que o país do Oriente Médio
desenvolve armas de destruição
em massa nucleares, químicas e
biológicas.
A Coréia do Norte tem um dos
regimes mais fechados do mundo
e é dirigida com mão de ferro pelo
ditador Kim Jong-il. Enfrentando
a ameaça de uma onda de fome, o
ditador vem buscando abrir o
país e captar ajuda humanitária.
Embora a linha dura do governo americano advogue o fim dos
diálogos com os norte-coreanos,
analistas afirmam que Bush deve
ser forçado a procurar uma maneira de continuar as conversações com Pyongyang.
Aliados americanos como Japão e Coréia do Sul são a favor de
continuar o diálogo.
Com agências internacionais
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