São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2006

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ORIENTE MÉDIO

Presidente de Israel renunciará caso seja indiciado por estupro

DA REDAÇÃO

Temeroso de passar por mais um vexame, um dia depois que a polícia pediu seu indiciamento por estupro e outros crimes, o presidente de Israel, Moshe Katsav, cancelou ontem seu comparecimento à reabertura da Knesset (Parlamento). A decisão foi tomada depois que alguns deputados anunciaram, devido ao escândalo, que não se levantariam, como é tradição, quando o presidente entrasse no plenário.
O advogado de Katsav disse ontem que, se for indiciado, o presidente renunciará ao cargo sem tentar um acordo com a Procuradoria-Geral. O anúncio pôs fim à preocupação do Ministério da Justiça israelense de que Katsav tentaria permanecer no cargo para ser beneficiado pela legislação que dá imunidade ao presidente.
Os policiais que investigaram as acusações contra o presidente recomendaram no domingo que Katsav fosse indiciado por estupro, assédio sexual, escuta ilegal, fraude e distribuição irregular de presentes. Katsav nega. O caso agora está nas mãos do procurador-geral, a quem cabe a decisão de indiciar ou não o presidente.
Vários deputados, inclusive do partido de Katsav, o Likud, disseram que permaneceriam sentados quando soassem os clarins que anunciam a entrada do presidente. "O presidente nos poupou a todos de constrangimento e vergonha", disse a deputada Zahava Gal-On, do partido de esquerda Meretz.
Presidir a sessão inaugural do Parlamento é uma das poucas funções do presidente, um cargo predominantemente cerimonial.

Líbano
Constrangimentos à parte, a abertura do período de inverno do Parlamento israelense foi marcada pelo discurso do premiê Ehud Olmert, em que ele propôs um encontro "cara a cara" com o premiê do Líbano, Fouad Siniora, para negociar um acordo de paz. A proposta foi logo rejeitada por Siniora, que repetiu que "o Líbano será o último país árabe a assinar a paz com Israel".
Olmert também disse que está disposto a se encontrar com o presidente palestino e que Israel também tem interesse na paz com a Síria.


Com agências internacionais


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