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Sem sucesso, Brasil tenta evitar remissão a Conselho de Segurança
DE GENEBRA
Mesmo endossando o chamado relatório Goldstone, o
Brasil enfatizou que não concordava com que ele fosse tratado em outras instâncias da
ONU. Além disso, o país havia
avaliado a decisão de reavivar a
votação duas semanas após o
encerramento da sessão ordinária como prematuro.
"O envolvimento de outros
fóruns internacionais no atual
estágio pode se provar prematuro e contraproducente aos
esforços de paz", declarou a
embaixadora brasileira, Maria
Nazareth Azevedo, ao votar.
O Brasil chegou a propor a retirada da remissão ao CS e ao
TPI, mas, apesar de obter o
apoio de alguns países, o efeito
foi limitado. O texto final sofreu uma modificação em seu
preâmbulo, que acrescentou a
condenação a ataques a civis de
ambos os lados, e pediu investigações por ambas as partes.
Mas o tom geral permaneceu
o mesmo, com os demais pontos contra Israel. Ao contrário
do relatório Goldstone, não há
nenhuma alusão ao Hamas.
Mesmo assim, a embaixadora Maria Nazareth avaliou que
houve uma atenuação positiva,
que conferiu algum equilíbrio
ao texto. "Foi um gesto importante por parte dos palestinos",
disse à Folha, aludindo à menção ao ataque a civis de ambos
os lados incluída ontem.
Ela avalia ainda que o texto
aprovado, que pede o monitoramento da situação pelo conselho antes da remissão a qualquer outro fórum, "não contradiz a abordagem gradual proposta pelo Brasil".
(LC)
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