São Paulo, sábado, 17 de outubro de 2009

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Sem sucesso, Brasil tenta evitar remissão a Conselho de Segurança

DE GENEBRA

Mesmo endossando o chamado relatório Goldstone, o Brasil enfatizou que não concordava com que ele fosse tratado em outras instâncias da ONU. Além disso, o país havia avaliado a decisão de reavivar a votação duas semanas após o encerramento da sessão ordinária como prematuro.
"O envolvimento de outros fóruns internacionais no atual estágio pode se provar prematuro e contraproducente aos esforços de paz", declarou a embaixadora brasileira, Maria Nazareth Azevedo, ao votar.
O Brasil chegou a propor a retirada da remissão ao CS e ao TPI, mas, apesar de obter o apoio de alguns países, o efeito foi limitado. O texto final sofreu uma modificação em seu preâmbulo, que acrescentou a condenação a ataques a civis de ambos os lados, e pediu investigações por ambas as partes.
Mas o tom geral permaneceu o mesmo, com os demais pontos contra Israel. Ao contrário do relatório Goldstone, não há nenhuma alusão ao Hamas.
Mesmo assim, a embaixadora Maria Nazareth avaliou que houve uma atenuação positiva, que conferiu algum equilíbrio ao texto. "Foi um gesto importante por parte dos palestinos", disse à Folha, aludindo à menção ao ataque a civis de ambos os lados incluída ontem.
Ela avalia ainda que o texto aprovado, que pede o monitoramento da situação pelo conselho antes da remissão a qualquer outro fórum, "não contradiz a abordagem gradual proposta pelo Brasil". (LC)


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