São Paulo, sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

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Alemanha promete R$ 135 milhões para museu de Auschwitz

Alojamentos e câmaras de gás de um dos maiores símbolos do Holocausto estão à beira do colapso

Segundo diretor, são necessários R$ 270,2 milhões para reparar o local, que recebe por ano 1 milhão de visitas


DA ASSOCIATED PRESS

A Alemanha prometeu doar 60 milhões de euros(cerca de R$ 135 milhões) durante o próximo ano para um fundo de preservação do antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, hoje um museu.
Alojamentos, câmaras de gás e outras evidências de crimes nazistas estão se deteriorando quase ao ponto do colapso no campo que é um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.
A Alemanha é o país que mais contribui para o fundo, criado em 2009 com o fim de arrecadar dinheiro para manter os 472 hectares de Auschwitz e do campo satélite de Birkenau.
O campo foi operado pela Alemanha nazista na Polônia, ocupada durante a Segunda Guerra Mundial.
Mais de 1 milhão de pessoas, a maioria judeus, morreram através de trabalhos forçados, doenças, fome ou em câmaras de gás no local.
"A Alemanha reconhece a sua responsabilidade histórica para manter viva a memória do Holocausto e passá-lo para as gerações futuras", afirmou o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle.
"Auschwitz-Birkenau é sinônimo de crimes nazistas. O memorial de hoje recorda esses crimes."

APELO INTERNACIONAL
Em 2008, o diretor do museu, Piotr Cywinski, fez pela primeira vez um apelo internacional por ajuda. Na ocasião, ele disse que 120 milhões euros (R$ 270,2 milhões) seriam necessários para recuperar o local.
Os EUA prometeram US$ 15 milhões (R$ 25,4 milhões) e a Áustria, 6 milhões de euros (R$ 13,5 milhões).
Países como Holanda, Noruega, Suécia, Suíça, República Checa, Turquia e Estônia também prometem contribuir.
Os alojamentos, câmaras de gás e outros prédios precisam de reparos urgentes devido à passagem do tempo e à pressão de mais de um milhão de visitantes por ano.
Em pior situação estão os 45 alojamentos do campo feminino em Birkenau.
"Estão em condições trágicas devido ao método de construção e à deterioração do solo por água subterrânea", disse Jaroslaw Mensfelt, porta-voz do museu. "Estão se desmanchando e podem desmoronar a qualquer momento."
Os alojamentos foram construídos durante o inverno de 1941-42 por prisioneiros soviéticos, ex-soldados do Exército Vermelho que foram posteriormente executados pelos alemães.
O museu recebe US$ 5 milhões por ano do governo da Polônia e mais US$ 5 milhões anuais em publicações, exibições de documentários e taxas de guia.
O campo foi libertado em janeiro de 1945 por tropas soviéticas.


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