São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

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Voto em Frei cai conforme escolaridade

DO ENVIADO A SANTIAGO

Se o Chile que votou ontem começa a se afastar do padrão de alinhamento político que marcou o país desde 1988, quando rejeitou mais oito anos de ditadura, as bases eleitorais dos candidatos e a configuração socioeconômica do voto seguem marcadas.
Em Lo Espejo, periferia sul de Santiago, só se viam panfletos de Eduardo Frei. Com renda média familiar de R$ 1.514/mês, das mais baixas da cidade, o distrito é um dos dois em que Frei venceu Sebastián Piñera no primeiro turno (34,2% contra 33,5% dos votos). Piñera venceu nos outros 50 distritos da capital.
"Frei é do povo, o outro [Piñera] não vai nos dar nada", dizia o funcionário de estacionamento Antonio Molina, 51. Análise dos votos no primeiro turno mostrou que o voto a Frei cai com a escolaridade, e também com a influência dos prefeitos de distrito -em Lo Espejo, o titular desde 1992 é do partido de Frei, a Democracia Cristã.
A 30 km de Lo Espejo, Vitacura (renda média familiar de R$ 11.254/mês) é reduto de Piñera -75,2% contra 12,5% dos votos no primeiro turno. O prefeito é da Renovación Nacional, partido de Piñera.
Na porta do colégio, o engenheiro Luis Mourgues, 47, defendia o voto a Piñera. "Mas, de todo modo, ele e Frei estão próximos ao centro [político]".


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