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Voto em Frei cai conforme escolaridade
DO ENVIADO A SANTIAGO
Se o Chile que votou ontem começa a se afastar do
padrão de alinhamento
político que marcou o país
desde 1988, quando rejeitou mais oito anos de ditadura, as bases eleitorais
dos candidatos e a configuração socioeconômica
do voto seguem marcadas.
Em Lo Espejo, periferia
sul de Santiago, só se viam
panfletos de Eduardo Frei.
Com renda média familiar
de R$ 1.514/mês, das mais
baixas da cidade, o distrito
é um dos dois em que Frei
venceu Sebastián Piñera
no primeiro turno (34,2%
contra 33,5% dos votos).
Piñera venceu nos outros
50 distritos da capital.
"Frei é do povo, o outro
[Piñera] não vai nos dar
nada", dizia o funcionário
de estacionamento Antonio Molina, 51. Análise dos
votos no primeiro turno
mostrou que o voto a Frei
cai com a escolaridade, e
também com a influência
dos prefeitos de distrito
-em Lo Espejo, o titular
desde 1992 é do partido de
Frei, a Democracia Cristã.
A 30 km de Lo Espejo,
Vitacura (renda média familiar de R$ 11.254/mês) é
reduto de Piñera -75,2%
contra 12,5% dos votos no
primeiro turno. O prefeito
é da Renovación Nacional,
partido de Piñera.
Na porta do colégio, o
engenheiro Luis Mourgues, 47, defendia o voto a
Piñera. "Mas, de todo modo, ele e Frei estão próximos ao centro [político]".
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