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Em Bagdá, Rice diz que Irã deve responder
Secretária afirma que Teerã deve ser considerada responsável por atos de membros do governo que fomentariam violência iraquiana
Assad e Ahmadinejad se reúnem para discutir tema iraquiano; depois, Rice foi a Israel para encontro com Olmert e Abbas amanhã
DA REDAÇÃO
Com o apoio à Guerra do Iraque em queda contínua, a secretária de Estado dos EUA,
Condoleezza Rice, fez ontem
uma visita não anunciada a
Bagdá no início de uma viagem
ao Oriente Médio que a levaria
depois a Israel.
Em Bagdá, Rice voltou a falar
do envolvimento iraniano na
violência no Iraque -sem exibir provas, Washington acusa a
Guarda Revolucionária iraniana de armar e financiar insurgentes no país vizinho sob
anuência do governo de Mahmoud Ahmadinejad.
"Eu certamente não posso,
nem creio que o governo norte-americano possa, detalhar o
envolvimento da liderança iraniana. Mas acho que o governo
iraniano como um todo deve
responder pelos atos de cada
uma das partes que o compõe."
O ditador sírio, Bashar al Assad, esteve ontem em Teerã para discutir com Ahmadinejad a
questão iraquiana. A despeito
da recomendação de um grupo
bipartidário de estudos que
propôs soluções para o conflito,
Washington se recusa a envolver Damasco e Teerã no debate.
Desde quarta-feira, quando
começou uma operação de segurança das forças iraquianas
para tentar conter a escalada de
violência na capital, as fronteiras do país com os dois vizinhos
estão fechadas.
Segundo o general Qassim
Ata al Musawi, porta-voz da
iniciativa, com a operação os
atos da violência em Bagdá diminuíram cerca de 80% nos últimos quatro dias.
Rice elogiou os resultados,
mas afirmou que os iraquianos
precisam "usar o espaço de manobra obtido" para avançar em
direção a uma reconciliação.
Ataques de viés sectário e a
ação de esquadrões da morte
empurraram o país para um
conflito civil que opõe a maioria xiita à minoria sunita.
Rice chegou ao Iraque um dia
após a Câmara dos Representantes dos EUA ter aprovado
uma moção que condena o aumento do contingente americano no Iraque em 21,5 mil homens. Embora sem força de lei,
a moção, que obteve o voto de
17 republicanos, é uma derrota
ao governo de George W. Bush.
Israelenses e palestinos
Rice seguiu ontem para Israel, onde se encontrou com a
chanceler Tzipi Livni. Amanhã,
ela se reúne separadamente
com o premiê Ehud Olmert e
com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, para tratar da retomada das negociações de paz.
Ela disse que o encontro de
amanhã será focado na criação
de um Estado palestino independente. "Queremos que as
partes levem em conta as resoluções internacionais para ter
dois Estados para os dois povos", disse em Jerusalém.
Mas os EUA se recusam a lidar com um governo palestino
que não reconheça Israel -a
ANP está dividida entre o Fatah de Abbas e o Hamas, que
não admite a existência do Estado judeu.
Com agências internacionais
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