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COLÔMBIA
Mais um senador é investigado por laços com paramilitares
DA REDAÇÃO
A Procuradoria da Colômbia entregou à Suprema Corte de Justiça documentos
que podem provar a ligação
de mais um parlamentar da
base de apoio do presidente
Álvaro Uribe com grupos paramilitares.
O caso coincide com a prisão nesta semana de cinco
parlamentares, entre eles o
senador Álvaro Araújo, irmão da chanceler colombiana, por vínculos com as milícias de extrema direita.
Foram entregues transcrições de escutas telefônicas
que ligam o senador Ciro Ramírez, do Partido Conservador, a Henry de Jesús López
Londoño, o número dois do
grupo comandado por Don
Berna, um dos mais altos
chefes das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) na
região de Medellín. As conversas foram obtidas em processo por narcotráfico e lavagem de dinheiro.
Ao todo, 14 parlamentares
estão sendo investigados pela Suprema Corte por supostos vínculos com as AUC.
Além dos cinco presos nesta
semana, todos da base aliada
de Uribe, outros três haviam
sido detidos em novembro.
Um deputado, foragido, enfrenta ordem de captura internacional.
As investigações abrem
uma forte crise política sobre
o governo Uribe, que finalizou no ano passado um acordo de desmobilização com as
AUC muito criticado por
grupos de defesa dos direitos
humanos por sua leniência
com os paramilitares.
Uribe manteve, porém, o
apoio a sua chanceler María
Consuelo Araújo, sob crescente pressão para que renuncie desde que seu irmão
começou a ser investigado.
Ontem, o senador foi expulso
de seu partido.
A chanceler reafirmou que
não irá renunciar. "É um período difícil para mim. Mas
como sempre fiz em minha
vida pública, vou continuar
trabalhando com eficiência,
honra, resultados e alegria."
Com agências internacionais
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