São Paulo, quinta-feira, 18 de março de 2010

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DIPLOMACIA

Brasil vai abrir embaixada em Mianmar

DE GENEBRA

O Brasil abrirá embaixada em Mianmar (ex-Birmânia), um dos países mais fechados do mundo e alvo de denúncias constantes de violações de direitos humanos. Mas o nome do embaixador não foi decidido, e não há ainda nenhum funcionário do Itamaraty no país.
Sem alarde, o decreto, assinado pelo presidente Lula, foi publicado em 27 de janeiro, dia em que também foram criadas embaixadas no Chipre e na Albânia.
Ex-relator especial da ONU para o país entre 2001 e 2008, Paulo Sérgio Pinheiro considera a medida "excelente". "O Brasil, com a grande experiência em democracia e transição política, poderá ser muito útil na atual conjuntura em Mianmar", escreveu em e-mail à Folha.
Não há, no entanto, previsão de quando o decreto de Lula vá ganhar corpo. O processo é incipiente, e o Itamaraty ainda não sabe quando enviará gente para fazer o trabalho de "abertura física" da representação -procurar e alugar um imóvel e contratar funcionários locais.
A decisão dá seguimento à multiplicação de embaixadas brasileiras -Lula criou 36 desde que assumiu, em 2003. Mianmar já tem embaixada no Brasil.
Nesta semana, a missão brasileira silenciou no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, quando o novo relator para Mianmar, Tomas Quintana, atestou a existência de mais de 2.000 dissidentes nas prisões.
Mas no ano passado, quando a junta militar birmanesa condenou a mais 18 meses de prisão a Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, Lula emitiu uma nota na qual dizia "deplorar" a medida.


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