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DIPLOMACIA
Brasil vai abrir embaixada em Mianmar
DE GENEBRA
O Brasil abrirá embaixada em Mianmar (ex-Birmânia), um dos países
mais fechados do mundo e
alvo de denúncias constantes de violações de direitos humanos. Mas o nome do embaixador não foi
decidido, e não há ainda
nenhum funcionário do
Itamaraty no país.
Sem alarde, o decreto,
assinado pelo presidente
Lula, foi publicado em 27
de janeiro, dia em que
também foram criadas
embaixadas no Chipre e
na Albânia.
Ex-relator especial da
ONU para o país entre
2001 e 2008, Paulo Sérgio
Pinheiro considera a medida "excelente". "O Brasil, com a grande experiência em democracia e transição política, poderá ser
muito útil na atual conjuntura em Mianmar", escreveu em e-mail à Folha.
Não há, no entanto, previsão de quando o decreto
de Lula vá ganhar corpo. O
processo é incipiente, e o
Itamaraty ainda não sabe
quando enviará gente para
fazer o trabalho de "abertura física" da representação -procurar e alugar
um imóvel e contratar
funcionários locais.
A decisão dá seguimento à multiplicação de embaixadas brasileiras -Lula criou 36 desde que assumiu, em 2003. Mianmar já
tem embaixada no Brasil.
Nesta semana, a missão
brasileira silenciou no
Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, quando o novo relator
para Mianmar, Tomas
Quintana, atestou a existência de mais de 2.000
dissidentes nas prisões.
Mas no ano passado,
quando a junta militar birmanesa condenou a mais
18 meses de prisão a Prêmio Nobel da Paz Aung
San Suu Kyi, Lula emitiu
uma nota na qual dizia
"deplorar" a medida.
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