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Eduardo Galeano e Carlos Fuentes condenam atos do regime cubano
DA REDAÇÃO
As recentes prisões e execuções
em Cuba têm provocado uma onda de protestos entre intelectuais
de esquerda de todo o mundo.
Defensor histórico da Revolução Cubana, o uruguaio Eduardo
Galeano, 63, escreveu na revista
"Brecha" que a repressão aos dissidentes cubanos é "uma má notícia, uma notícia triste, que dói
muito para os que acreditam que
(...) a liberdade e a justiça caminham juntas ou não caminham".
No início desta semana, outro
aliado do regime cubano, o Nobel
José Saramago, 80, havia dito:
"Cuba perdeu minha confiança e
frustrou minhas esperanças".
O escritor mexicano Carlos
Fuentes, 75, felicitou Saramago
por suas críticas ao regime cubano, cuja política ele qualificou de
"abusiva e totalitária".
Também importantes intelectuais e políticos italianos, como
Pietro Ingrao, 88, e Fausto Bertinotti, 62, secretário do partido Refundação Comunista, condenaram o recrudescimento da repressão na ilha.
"Em nome da amizade que temos há muitos anos com Cuba,
expresso meu claro desacordo
com o que está acontecendo", declarou Bertinotti, que até ontem
tinha evitado se pronunciar sobre
o regime de Fidel Castro.
Já Pietro Ingrao, antigo líder do
extinto Partido Comunista Italiano, foi mais duro. Em um editorial do diário independente "Il
Manifesto", Ingrao qualificou os
fuzilamentos de "chocantes" e as
condenações de "repugnantes",
pedindo que todos tivessem "a
coragem da verdade".
No início deste mês, um grupo
de 75 dissidentes foi condenado a
penas de até 27 anos de prisão. Na
sexta passada, três homens condenados pelo sequestro de uma
lancha de passageiros foram fuzilados após julgamento sumário.
Com agências internacionais.
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