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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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Eduardo Galeano e Carlos Fuentes condenam atos do regime cubano

DA REDAÇÃO

As recentes prisões e execuções em Cuba têm provocado uma onda de protestos entre intelectuais de esquerda de todo o mundo.
Defensor histórico da Revolução Cubana, o uruguaio Eduardo Galeano, 63, escreveu na revista "Brecha" que a repressão aos dissidentes cubanos é "uma má notícia, uma notícia triste, que dói muito para os que acreditam que (...) a liberdade e a justiça caminham juntas ou não caminham".
No início desta semana, outro aliado do regime cubano, o Nobel José Saramago, 80, havia dito: "Cuba perdeu minha confiança e frustrou minhas esperanças".
O escritor mexicano Carlos Fuentes, 75, felicitou Saramago por suas críticas ao regime cubano, cuja política ele qualificou de "abusiva e totalitária".
Também importantes intelectuais e políticos italianos, como Pietro Ingrao, 88, e Fausto Bertinotti, 62, secretário do partido Refundação Comunista, condenaram o recrudescimento da repressão na ilha.
"Em nome da amizade que temos há muitos anos com Cuba, expresso meu claro desacordo com o que está acontecendo", declarou Bertinotti, que até ontem tinha evitado se pronunciar sobre o regime de Fidel Castro.
Já Pietro Ingrao, antigo líder do extinto Partido Comunista Italiano, foi mais duro. Em um editorial do diário independente "Il Manifesto", Ingrao qualificou os fuzilamentos de "chocantes" e as condenações de "repugnantes", pedindo que todos tivessem "a coragem da verdade".
No início deste mês, um grupo de 75 dissidentes foi condenado a penas de até 27 anos de prisão. Na sexta passada, três homens condenados pelo sequestro de uma lancha de passageiros foram fuzilados após julgamento sumário.


Com agências internacionais.


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