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IRAQUE SOB TUTELA
Há dúvidas sobre a existência de 150 seqüestrados por sunitas
Confusão cerca seqüestro de xiitas
DA REDAÇÃO
Forças iraquianas apoiadas por
militares americanos fizeram ontem três incursões em Madaen, 14
km ao sul de Bagdá, na tentativa
de libertar supostos 150 xiitas seqüestrados por insurgentes sunitas, outra corrente islâmica.
Esse número de reféns foi fornecido em Bagdá à agência Reuters
por uma liderança xiita. Mas um
delegado de polícia afirmou à
agência que o grupo era bem menos numeroso e que os seqüestros
são rotineiros em conflitos tribais.
O comando militar americano e
o Ministério da Segurança Nacional do Iraque acreditam existir
um número mais elevado de reféns -entre eles mulheres e
crianças-, o que os levou ontem
às operações conjuntas. Mas não
localizaram o cativeiro, disse na
Assembléia unicameral o ministro da Segurança, Kassim Daoud.
Sua declaração desmentia a informação de Haidar Khayon, porta-voz do Ministério da Defesa.
Ele afirmara que 15 famílias xiitas
haviam sido libertadas.
Ilyad Allawi, que ainda ocupa o
posto de primeiro-ministro, acusou a Al Qaeda de estar por trás
do seqüestro para provocar uma
guerra civil entre sunitas e xiitas.
Mas a organização terrorista islâmica, em declaração publicada
por um site em Dubai, rejeitou a
acusação e disse que a crise foi artificialmente produzida pelos "infiéis", como pretexto para massacrar a população sunita.
No sábado, a TV estatal iraquiana, Iraqiya, disse que os seqüestradores ameaçavam começar a
matar os reféns no dia seguinte.
Não há por enquanto evidências
de que eles tenham colocado em
prática essa ameaça.
A tensão entre sunitas e xiitas é
atribuída por alguns analistas à
incapacidade de as lideranças iraquianas formarem um governo,
11 semanas depois das eleições
que escolheram uma Assembléia
de forte maioria xiita, e na qual os
curdos são numerosos e os sunitas, por terem boicotado o pleito,
ficaram sub-representados.
Ainda ontem, três soldados
americanos foram mortos de madrugada por insurgentes que tentavam furar um bloqueio nas imediações de uma base militar em
Ramadi, a oeste de Bagdá.
Por sua vez, uma americana que
trabalhava para a organização Civic Worldwide, com sede em
Washington, morreu quando o
comboio do qual fazia parte foi
atingido por morteiros de insurgentes numa estrada de acesso ao
aeroporto de Bagdá.
Com agências internacionais
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