São Paulo, quarta-feira, 18 de julho de 2007

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MISSÃO NO CARIBE

Soldado brasileiro da ONU retorna do Haiti com HIV

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Defesa e o Exército brasileiro informaram ontem que um militar do país que integrou recentemente a missão de paz da ONU no Haiti retornou ao Brasil infectado com o HIV, o vírus da Aids. As assessorias da pasta e da Força omitiram o nome e a patente do militar, sob a justificativa de preservá-lo em meio à sua atuação na Minustah (Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti).
O contágio foi detectado em exames de rotina no Exército pelos quais todos os militares que retornaram de Porto Príncipe têm de ser submetidos.
"Durante a realização de medidas médico-psicológicas, para a desmobilização dos contingentes que retornaram do Haiti, em um deles foi constatado um caso de infecção por HIV, não sendo possível precisar as circunstâncias do contágio", afirma nota divulgada ontem pelo Exército. "Com a finalidade de preservar o sigilo médico e respeitar a privacidade do militar, não será divulgada sua identificação", completa o comunicado.
Uma das orientações do Exército aos militares na missão é usar luvas nos momentos de auxiliar pessoas feridas, por exemplo, justamente devido ao risco de contágio. Também são desencorajadas relações com moradores locais -sob a ONU, relações sexuais entre as tropas e habitantes são proibidas.
Dados de 2003 da CIA mostram que 5,6% da população haitiana têm o vírus da Aids -o equivalente a cerca de 280 mil pessoas. Em 2003, ainda segundo o governo americano, 24 mil pessoas morreram em decorrência da doença.
O Brasil atua na missão de paz da ONU no Haiti desde meados de 2004. Atualmente conta com cerca de 1.300 militares no país caribenho, a maioria deles do Exército, de um contingente de 7.023 sob a bandeira da ONU.


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