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MISSÃO NO CARIBE
Soldado brasileiro da ONU retorna do Haiti com HIV
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Defesa e o
Exército brasileiro informaram ontem que um militar
do país que integrou recentemente a missão de paz da
ONU no Haiti retornou ao
Brasil infectado com o HIV, o
vírus da Aids. As assessorias
da pasta e da Força omitiram
o nome e a patente do militar, sob a justificativa de preservá-lo em meio à sua atuação na Minustah (Missão de
Estabilização das Nações
Unidas no Haiti).
O contágio foi detectado
em exames de rotina no
Exército pelos quais todos os
militares que retornaram de
Porto Príncipe têm de ser
submetidos.
"Durante a realização de
medidas médico-psicológicas, para a desmobilização
dos contingentes que retornaram do Haiti, em um deles
foi constatado um caso de infecção por HIV, não sendo
possível precisar as circunstâncias do contágio", afirma
nota divulgada ontem pelo
Exército. "Com a finalidade
de preservar o sigilo médico
e respeitar a privacidade do
militar, não será divulgada
sua identificação", completa
o comunicado.
Uma das orientações do
Exército aos militares na
missão é usar luvas nos momentos de auxiliar pessoas
feridas, por exemplo, justamente devido ao risco de
contágio. Também são desencorajadas relações com
moradores locais -sob a
ONU, relações sexuais entre
as tropas e habitantes são
proibidas.
Dados de 2003 da CIA
mostram que 5,6% da população haitiana têm o vírus da
Aids -o equivalente a cerca
de 280 mil pessoas. Em
2003, ainda segundo o governo americano, 24 mil pessoas morreram em decorrência da doença.
O Brasil atua na missão de
paz da ONU no Haiti desde
meados de 2004. Atualmente conta com cerca de 1.300
militares no país caribenho,
a maioria deles do Exército,
de um contingente de 7.023
sob a bandeira da ONU.
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