São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2008

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SUCESSÃO NOS EUA / CORRIDA MILIONÁRIA

Obama arrecada US$ 52 mi em junho

Apesar da cifra, McCain e Partido Republicano têm juntos mais dinheiro em caixa que rival e democratas

Valor levantado em grande parte após fim das primárias só fica atrás do de fevereiro; senador prepara viagem para a Europa e o Iraque


DA REDAÇÃO

A campanha do candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, informou ontem que foram arrecadados US$ 52 milhões em junho, US$ 3 milhões a menos do que o recorde do senador, em fevereiro. A máquina de fundos de Obama conseguiu no período mais que o dobro de seu rival republicano, John McCain, que em seu melhor mês no ano recebeu US$ 22 milhões em doações.
O sucesso de arrecadação de Obama se tornou ainda mais importante depois que o candidato, em manobra inédita, desistiu em maio último do financiamento público, que ofereceria teto de US$ 84 milhões para a campanha presidencial.
Os números de junho, embora bem superiores aos de maio (US$ 22 milhões), ficaram aquém da projeção dos estrategistas da oposição, que sonhavam com até US$ 100 milhões.
Ainda assim, para o "Washington Post", "os US$ 52 milhões parecem justificar a escolha" [de ficar de fora do financiamento público]. Antes, o "Wall Street Journal" havia divulgado estimativa de arrecadação em junho de US$ 30 milhões para o candidato.
Já McCain optou pelo financiamento público, que exclui a arrecadação privada depois que o candidato é formalmente nomeado para a corrida na convenção de seu partido (em agosto para democratas e setembro para republicanos). Juntos, McCain e o Partido Republicano contam com US$ 95 milhões em caixa.
O valor é superior ao registrado pelos adversários, de US$ 95,3 milhões, na soma dos fundos de Obama e do Partido Democrata. A razão para a discrepância é que os democratas gastaram muito mais de seu próprio dinheiro até agora.

Pequeno doador
Em e-mail a simpatizantes ontem, a campanha obamista disse que a média das doações de junho foi de US$ 68, coerente com a tendência de agrupar pequenos contribuintes.
Além de juntar dinheiro, Obama se concentra atualmente em fortalecer sua imagem de líder mundial, investindo em uma viagem, possivelmente a partir deste final de semana, que o levará à Europa e ao Oriente Médio. Deve visitar Reino Unido, França, Alemanha, Israel, Jordânia e Iraque.
As datas da visita ao Iraque, aonde Obama não vai desde 2006, não foram divulgadas por questões de segurança. Segundo o "New York Times", o democrata deverá encontrar uma recepção entusiasmada no país árabe, onde é visto beneficamente como o "anti-Bush".
Mas sua professada intenção de, caso eleito, retirar a maior parte das tropas americanas em 16 meses é vista com ceticismo. "Qualquer Exército adoraria trabalhar sem ajuda, mas vou ser honesto: não temos essa capacidade", disse o general iraquiano Nassir al Hiti.


Com agências internacionais



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