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SUCESSÃO NOS EUA / CORRIDA MILIONÁRIA
Obama arrecada US$ 52 mi em junho
Apesar da cifra, McCain e Partido Republicano têm juntos mais dinheiro em caixa que rival e democratas
Valor levantado em grande parte após fim das primárias só fica atrás do de fevereiro; senador prepara viagem para a Europa e o Iraque
DA REDAÇÃO
A campanha do candidato
democrata à Casa Branca, Barack Obama, informou ontem
que foram arrecadados US$ 52
milhões em junho, US$ 3 milhões a menos do que o recorde
do senador, em fevereiro. A máquina de fundos de Obama conseguiu no período mais que o
dobro de seu rival republicano,
John McCain, que em seu melhor mês no ano recebeu US$
22 milhões em doações.
O sucesso de arrecadação de
Obama se tornou ainda mais
importante depois que o candidato, em manobra inédita, desistiu em maio último do financiamento público, que ofereceria teto de US$ 84 milhões para
a campanha presidencial.
Os números de junho, embora bem superiores aos de maio
(US$ 22 milhões), ficaram
aquém da projeção dos estrategistas da oposição, que sonhavam com até US$ 100 milhões.
Ainda assim, para o "Washington Post", "os US$ 52 milhões parecem justificar a escolha" [de ficar de fora do financiamento público]. Antes, o
"Wall Street Journal" havia divulgado estimativa de arrecadação em junho de US$ 30 milhões para o candidato.
Já McCain optou pelo financiamento público, que exclui a
arrecadação privada depois que
o candidato é formalmente nomeado para a corrida na convenção de seu partido (em
agosto para democratas e setembro para republicanos).
Juntos, McCain e o Partido Republicano contam com US$ 95
milhões em caixa.
O valor é superior ao registrado pelos adversários, de US$
95,3 milhões, na soma dos fundos de Obama e do Partido Democrata. A razão para a discrepância é que os democratas
gastaram muito mais de seu
próprio dinheiro até agora.
Pequeno doador
Em e-mail a simpatizantes
ontem, a campanha obamista
disse que a média das doações
de junho foi de US$ 68, coerente com a tendência de agrupar
pequenos contribuintes.
Além de juntar dinheiro,
Obama se concentra atualmente em fortalecer sua imagem de
líder mundial, investindo em
uma viagem, possivelmente a
partir deste final de semana,
que o levará à Europa e ao
Oriente Médio. Deve visitar
Reino Unido, França, Alemanha, Israel, Jordânia e Iraque.
As datas da visita ao Iraque,
aonde Obama não vai desde
2006, não foram divulgadas por
questões de segurança. Segundo o "New York Times", o democrata deverá encontrar uma
recepção entusiasmada no país
árabe, onde é visto beneficamente como o "anti-Bush".
Mas sua professada intenção
de, caso eleito, retirar a maior
parte das tropas americanas
em 16 meses é vista com ceticismo. "Qualquer Exército adoraria trabalhar sem ajuda, mas
vou ser honesto: não temos essa capacidade", disse o general
iraquiano Nassir al Hiti.
Com agências internacionais
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