DA REDAÇÃO

O Reino Unido indiciou ontem por conspiração oito das treze pessoas detidas no país há quinze dias sob suspeita de ações terroristas, incluindo um suposto líder da rede Al Qaeda, responsável pelo 11 de Setembro.
Investigadores da Scotland Yard concluíram que os acusados, entre 20 e 32 anos, conspiraram para cometer assassinatos e para "atentar contra a ordem pública usando materiais radioativos, gases tóxicos, produtos químicos e/ou explosivos", entre janeiro de 2000 e agosto deste ano.
Segundo a polícia, eles tiveram ainda ligações com supostos planos de ataque a instituições financeiras de Washington, Nova York e Nova Jersey -cuja descoberta havia motivado a Casa Branca a subir o nível de alerta terrorista nessas cidades no início do mês.
Os oito devem comparecer hoje perante a Justiça. Suas nacionalidades não foram divulgadas.
Sob condição de anonimato, um alto funcionário americano disse que um dos acusados é o suposto líder da Al Qaeda no Reino Unido Dhiren Barot, 32, conhecido como Abu Musa al Hindi.
Com ele foram encontrados mapas de reconhecimento dos prédios do Fundo Monetário Internacional, em Washington, do Citigroup e da Bolsa nova-iorquinos e do edifício Prudential, em Nova Jersey - que haviam sido identificados como alvos de possíveis ataques.
Com outro detido, Qaisar Shaffi, foram achados ainda trechos do "Manual do Terrorista", com informações sobre o preparo de produtos químicos e explosivos.