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DITADURA
Militar argentino acusado de massacre é preso no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Acusado de ter participado
em 1976 do seqüestro e assassinato de 22 opositores do
regime militar da Argentina,
o major da reserva argentino
Norberto Raul Tozzo, 63, foi
preso ontem no Rio pela Polícia Federal, que representa
a Interpol. O episódio ficou
conhecido como "O Massacre de Margarita Belén", nome da cidade onde ocorreu.
Tozzo teve a prisão pedida
na Argentina em outubro de
2004 e, segundo a Polícia Federal, era o único participante do massacre ainda solto. O
ex-militar foi detido em um
hotel em Ipanema, sem documentos e sob nome falso,
acompanhado da filha. Estava clandestinamente no país.
Segundo o delegado Paulo
César Martins, chefe da representação da Interpol no
Rio, o militar confirmou ser
Tozzo aos policiais. Disse informalmente que "cumpria
ordens" à época e que os
mortos eram "terroristas".
Há quase um mês, a Interpol no Rio recebeu informação da Argentina de que o
militar estaria na cidade. Investigação da PF localizou-o
no hotel. Na terça, quando
agentes já vigiavam Tozzo, o
ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau expediu o mandado de prisão.
Ele seria levado ontem para o presídio Ary Franco e,
quando concluído o processo
de extradição, entregue às
autoridades argentinas.
O "Massacre de Margarita
Belén" ficou marcado pela
violência e o método usado.
Os prisioneiros políticos foram retirados da prisão de
Resistência em caminhões
do Exército, antes de serem
torturados e mortos a tiros.
O Exército então atribuiu as
mortes a um confronto entre
grupos guerrilheiros rivais.
Apenas 7 dos 22 corpos foram entregues às famílias.
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