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Suspeitos de atentado contra papa são presos
Polícia de Londres detém 6 garis, entre os quais haveria argelinos
Ainda não está claro se o objetivo dos supostos terroristas era Bento 16, que terminará amanhã viagem ao Reino Unido
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
A polícia londrina prendeu seis homens sob suspeita de que estariam preparando um atentado durante a visita do papa Bento 16 à cidade. Até ontem à noite, não estava claro se o alvo era o próprio papa ou não.
Cinco dos seis homens,
com idades entre 20 e 50
anos, trabalham como varredores de rua no centro da cidade, o que, segundo fontes
da polícia, poderia facilitar o
acesso a locais guardados
por seguranças durante a visita do pontífice.
Durante todo o dia, foram
feitas buscas na empresa em
que trabalhavam e também
em várias casas no norte e no
leste da cidade. Nenhum explosivo foi encontrado.
Mais um homem foi preso
nessas buscas. Os seis foram
levados para a delegacia e interrogados o dia todo.
A polícia disse que fez as
prisões após receber informações ao longo da noite de
anteontem. Os cinco varredores foram presos às 5h45.
O outro, pouco depois das
13h. Informações extraoficiais dizem que eles são muçulmanos e que alguns deles
são argelinos.
O papa foi informado logo
cedo. Segundo o Vaticano,
ele se mostrou calmo.
Não foi mudado nenhum
itinerário nem a programação da visita, que termina
amanhã, em Birmingham.
Há um forte esquema de
segurança montado para
guardar todos os passos do
papa. Também está sendo
usado o "papamóvel", que é
blindado.
O curioso é que, na quinta-feira à noite, o chefe do MI5,
serviço de inteligência do
Reino Unido, afirmou que
cresceram as chances de o
país ser alvo de atentados terroristas, principalmente programados por grupos sediados no norte da África e no
Oriente Médio.
Há também, afirmou, informações de que grupos terroristas da Irlanda do Norte
planejam atentados na cidade, tendo como alvos potenciais agências bancárias.
PROTESTOS
Após um primeiro dia bem
tranquilo na Escócia, anteontem, o papa teve de presenciar ontem protestos de grupos que se colocaram ao longo do caminho que ele faria
entre uma escola católica e o
palácio onde mora o arcebispo da Cantuária, Rowan Williams, chefe espiritual da
Igreja Anglicana.
Alguns portavam cartazes
com críticas à forma como a
igreja tratou dos casos de
abusos sexuais cometidos
por padres e gritavam que o
papa deveria renunciar.
Para hoje, está marcada
uma marcha pelo centro da
cidade promovido por grupos antirreligiosos, intelectuais e artistas.
Eles enumeram várias críticas: os casos de pedofilia na
igreja, o tratamento dado aos
homossexuais, a condenação do uso da camisinha e
também o custo da viagem
ao Reino Unido, cerca de R$
54 milhões, sendo R$ 32 milhões dinheiro público.
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