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ORIENTE MÉDIO
Entre os mortos há 3 crianças; Israel lamenta "perda de vidas inocentes", mas diz que bombardeio foi defensivo
Ataque de Israel mata 8 palestinos em Gaza
DA REDAÇÃO
Tanques israelenses mataram
ontem oito palestinos e feriram
mais de 50 (pelo menos cinco gravemente) em um campo de refugiados da faixa de Gaza depois
que, segundo o Exército, franco-atiradores palestinos atiraram
contra militares de Israel.
Entre os mortos, havia uma mulher de 70 anos e pelo menos três
crianças (de 13, 12 e nove anos),
segundo o médico Ali Mussa, do
hospital Al Najar, em Rafah (Gaza). Testemunhas disseram que
corpos desmembrados foram retirados de destroços no campo de
refugiados de Rafah.
Uma escola administrada pela
UNRWA (United Nations Works
and Relief Agency, a instituição
que cuida dos refugiados palestinos) e outra administrada pela
ANP, além de casas, foram atingidas por tanques israelenses, segundo a UNRWA.
Os alunos da escola da UNRWA
tiveram de ser levados para o porão. Ninguém ficou ferido.
"É mais um caso de uso desproporcional da força contra alvos civis, incluindo escolas cheias de
crianças", disse Peter Hansen, comissário-geral da UNRWA.
O Exército de Israel lamentou "a
perda de vidas inocentes", e um
militar disse que as tropas atiraram em autodefesa.
"Terroristas palestinos lançaram um míssil antitanque contra
uma unidade do Exército que
operava na região, e as tropas devolveram o fogo", disse o Exército
de Israel em um comunicado.
A Autoridade Nacional Palestina criticou o que chamou de
"massacre" em Rafah e renovou o
apelo por observadores internacionais na Cisjordânia e na faixa
de Gaza. Israel descarta uma intervenção estrangeira e considera
as medidas militares uma resposta apropriada à ação dos militantes palestinos nos territórios ocupados.
A violência prejudica o pedido
norte-americano de calma na região para tentar angariar apoio
dos países árabes a uma guerra
contra o Iraque. O presidente
George W. Bush se reuniu com o
primeiro-ministro de Israel, Ariel
Sharon, em Washington, para
discutir a crise iraquiana.
Ao menos 1.624 palestinos e 604
israelenses morreram desde o início da Intifada (levante palestino
contra a ocupação israelense), em
setembro de 2000.
Com agências internacionais
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