DO "FINANCIAL TIMES"

Ontem, fervilhavam as especulações quanto à possibilidade de que Barack Obama estivesse por obter o cobiçado apoio de Colin Powell, secretário de Estado no primeiro mandato de George W. Bush, o que representaria o mais recente sinal de desunião nas fileiras republicas.
Powell concederá uma entrevista amanhã no "Meet the Press", da rede NBC, e os democratas esperam que ele decida romper seu silêncio quanto à eleição e declarar apoio ao candidato do partido. Obama e John McCain vêm batalhando pelo apoio do general reformado desde que ele anunciou, em abril, que estava indeciso. Os dois sabem que poucas figuras da política americana atraem tanto apoio bipartidário.
O apoio de Powell reasseguraria aos eleitores que Obama está preparado para liderar e ajudaria a reduzir a percepção de que McCain é mais forte em termos de política externa e segurança.
Powell é republicano e serviu também aos presidentes Bush pai e Reagan, mas sua ideologia política sempre pareceu ambígua. No primeiro mandato de Bush filho, ele era encarado com suspeita por muitos conservadores.
Nos últimos dias, comentaristas conservadores conhecidos atacaram McCain; alguns deles chegaram a expressar apoio a Obama. Christopher Buckley, filho de William Buckley, o influente líder conservador que morreu no ano passado, se demitiu da "National Review", publicação fundada por seu pai, depois de endossar "o temperamento de primeira classe e o intelecto de primeira classe do senador Obama".


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