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Brasil "melhora", mas mantém-se intermediário
DA REDAÇÃO
Situado no grupo intermediário no Índice de Percepção
de Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, o Brasil apresentou um aumento de
0,2 ponto (para 3,7) e subiu cinco posições, de 80º para 75º.
A melhora, no entanto, não é
significativa, segundo o pesquisador sênior do Departamento
de Américas da ONG e professor da Unicamp Bruno Speck.
"O Brasil se encontra na mesma faixa dos anos anteriores.
Os temas a serem enfrentados
[ainda] são a reforma do sistema de financiamento político, o
fortalecimento das instituições
de controle e o combate à morosidade da justiça", disse.
Mas, embora seja apenas o
terceiro país latino-americano
do ranking, o Brasil é o que obtém a melhor colocação entre
os Bric, que tem ainda os emergentes Rússia, Índia e China.
Para Speck, o diagnóstico se
aplica em geral também aos demais países da América Latina,
cujas oscilações situam-se dentro da margem de erro do IPC.
Depois de Uruguai, Chile e
Costa Rica, países cujas instituições são consideradas mais
fortes pelos pesquisadores latino-americanos da ONG, vem o
grupo do Brasil, que conta também com Colômbia e Peru, todos empatados na 75ª posição.
O México fica logo atrás (89º).
No grupo dos piores sul-americanos encontram-se Argentina (106º), Bolívia (120º), Equador (146º) e Venezuela (162º),
seis posições à frente do conflagrado Haiti. No IPC, é citado o
"entorno cada vez mais restritivo" para jornalistas devido às
reformas de mídia na região.
(AMARO GRASSI)
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